domingo, 8 de março de 2009

EU (quase) SESSENTÃO E O GENERAL DO EXÉRCITO MORTO

Sou fã de um escritor albanês chamado ISMAIL KADARÉ. Escreveu sob uma das mais rígidas ditaduras que se tem notícia, a de Enver Hoxha, que dominou tirânica e absolutamente a Albânia de 1944 até a sua morte em 1985. Aos incautos de plantão Hoxha vendia a idéia de que a Albânia era um modelo a ser seguido. O mais perfeito socialismo, com todas as suas vantagens, era ali que vicejava. A Albânia vivia isolada do mundo. A Albânia vivia ameaçada por um mundo que a invejava e que por isto a queria destruir. Quem lê Ismail tem a impressão que ele escreve a respeito disto. Em realidade sempre escreveu sobre ele e sobre pessoas como ele que sentiam a necessidade intrínseca de sobreviver como indivíduos dentro de um contexto social, mas tendo direito a sua individualidade. Não queria ser sufocado pelo coletivismo, que não hesitava inclusive em matar, se necessário fosse, para abafar qualquer coisa que se assemelhasse a uma aspiração pessoal.Conheci-o através do livro Os Tambores da Chuva. Depois vieram muitos outros.
SEGUE

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