sábado, 14 de agosto de 2010

Complexos, Pintos, Gordurinhas e o medo de ser CORNO

O meu caro leitor, o Paulo disse... (ver comentário do post anterior)
Todas inseguranças? Boa parte delas, com certeza. Mas eu não deixaria de lado o famoso "será que sou corno?". Creio que essa é quase tão comum quanto o "complexo de pinto pequeno". E não nego! Eu sofro disso!
Por quê eu não coloquei isto como um dos "complexos" universais? De vez que praticamente todo mundo, em algum momento, teve este medo, ou dúvida?
Primeiro porque isto não é um complexo. É, talvez, uma dúvida universal. Segundo, por que ser, ou não, corno, não depende da vontade do indivíduo, é o outro, ou outra, quem decide. Terceiro, porque ninguém nunca vai ter garantia que o seu(sua)companheiro(companheira) não vá ter uma aventura extra conjugal.
Não obstante a pessoa ser bom(a) de cama, mau(á) de cama, carinhoso, bruto, etc. e tal. Este é um fato que temos que aprender a conviver. Diferente da primeira situação em que o sujeito sempre tem algo que ele pode inventar para sustentar a sua crença de que seu pênis é pequeno. ou não, ou se é tão regordete assim
Aliás eu lembro duas histórias a respeito de tão tormentoso tema.
Uma é de um amigo, grande caçador de mulheres, brancas, casadas, solteiras, negras, judias, castelhanas, altas, baixas, feias e por aí vai.
Pois este portento da sedução, nunca conseguiu e acho que nem buscou, ter a garantia de que não seria corno. Aliás, é dele a magistral frase. "Mochinho (isto é gado sem guampa), mochinho ninguém vai morrer". Palavra do expert.
A garantia total é uma utopia. Com este fato vamos ter conviver per omnia seculo seculorum. Ser submisso não adianta de nada. Bancar o durão, ou malvado, pode impedir alguns episódios. Mas, se a mulher, ou o homem, quiser jogar água fora da bacia, ninguém segurará. Apenas estes peralvilhos serão mais discretos.
Uma historieta contada pela mulher de um amigo meu.
Ele adorava, quando transavam, que ela lhe dissesse palavrões. "Seu veado, seu cafajeste, puto, prevalecido... e assim por diante". Só que um dia, na hora do entrevero, ela, entre outras coisas, disse, ...seu corno... De imediato ele parou e gritou: -Corno não! Corno não!
Porque, é logico, ele sabia se era, ou não, cafajeste, veado, etc. Mas nunca poderia ter certeza de ser, ou não, corno. Mesmo que ela dissesse que sim, que ela o havia corneado. Ela poderia estar mentindo.



Portanto, o medo da corneagem é totalmente diferente do ter um pinto pequeno, que eu posso medir, ver estatísticas, comparar nos banheiros, ver pelas fotos, vídeos e etc.



O mesmo uma mulher, que não seja uma neurótica de carteirinha, ou psicótica, a respeito de sua gordura.



A presença do outro é sempre um problema. Não é à toa que o Sartre disse: L'enfer sont les autres."

2 comentários:

Paulo disse...

Gostei muito do post! E com certeza, aquele que nunca tomou ou botou um chifrinho, que atire a primeira pedra.
Todos (inclusive eu) já passamos por isso. Há quem saiba, e quem não saiba. E quem não passou, não tenha dúvida, passará. O jeito é conseguir ou aprender a lidar com a situação.
Eu mesmo já tomei uns bem colocados. Mas, entre o emocional, o racional, a compreensão, a discussão, e o entendimento... Superei os bichinhos (uns mais que outros, claro), e até mesmo perdoei alguns.
O chifre "carnal" eu entendo. A vontade de se sentir desejada(o), e saber que "ainda tem os truques", que "consegue quando quer", que "ainda sabe caçar", é uma coisa um tanto natural para algumas pessoas.
Quando a coisa é "emocional", é outra história. Nesse quesito, acho extremamente importante a habilidade de conseguir separar amor, carinho e respeito, de sexo, putarias e loucuras. (Quando me refiro aos chifres "carnais" e "emocionais", me refiro a esses dois grupos.)

E vale lembrar de um amigo meu... "Quer chingar alguém? Não chame de veado, de retardado. Ele sabe que não é. Chame de corno!"

(Quer saber? Esse comment está ficando muito longo. Acho que vou escrever um pequeno livro sobre o assunto, e encaminhar por email, para importuná-lo um pouco mais.)

Abraços!

Paulo disse...

Ah! E só agora percebia a ambiguidade da frase! Não sofro de "será que sou corno"! Sofro de "tenho pinto pequeno"! Hahaha... Não do complexo, só do tamanho mesmo! (Ver post anterior para melhorar o contexto do mesmo!)