terça-feira, 25 de setembro de 2012

Eu e a Bienal

A primeira vez que eu entrei em um museu de arte moderna foi no MAM, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 1963. Picasso e Salvador Dali não eram, para mim, arte moderna. Confesso que não entendi os quadros. Com exceção de um, de um japonês, no qual uma mancha vermelha era cercada por outras cores quentes. Não sei o que entendi. Mas gostei. Desde então frequentei a varias exposições de arte moderna. Gostava de uma coisa aqui, outra ali. Não entendia uma acolá e por aí ia. Agora, quando entro em exposições como a Bienal, entro com cuidado. Tento me despir de preconceitos e tento ver, ou sentir, o que se apresenta aos meus olhos. Toda a forma de Novo tende a ser criticada a priori, vide a Sagração da Primavera, ou a Semana de Arte Moderna de São Paulo, ou os próprios impressionistas, cuja exposição em São Paulo, agora, é maravilhosa. Mas tem obras que superam a minha capacidade de entendimento, ou de deleite hedonístico. Explicativo disto foi uma situação que uma amiga minha viveu. Ela observava uma instalação. Reparou que no chão da instalação, num canto, havia uma sujeira. Aparece uma senhora vestida de faxineira e se põe a limpar a dita sujeira. Dúvida da minha amiga, e digo que também minha: A mulher e sua limpeza faziam parte da instalação?

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