Estou lendo um livro chamado Luxúria e Pudor.
Ele relata as formas de relacionamentos sexuais que ocorreram no Brasil
desde o Descobrimento, até os dias de hoje. Todos baseados em
documentos do Santo Ofício, de autoridades e relatos de viajantes. A
partir de 1800, também baseado em jornais, revistas, livretos, eventuais
pesquisas.
É impressionante.
O papel de submissa que as mulheres eram obrigadas a ter chega a ser chocante. Aviltante.
Quando se vê filmes, ou novelas de época, com suas heroínas, é bom que
se saiba que elas não representam nem um por cento do que era a vida
feminina.
E para quem pensa que isto
era um problema de negras, cafuzas, mulatas, homossexuais, está
redondamente enganado. Uma moça branca, “de família boa”, só saia de
casa as primeiras horas da manhã, acompanhada, para ir a missa. O resto
do dia passava encerrada em casa, como num serralho.
Os casos de
estupro, violência, incesto, por iniciativa do homem, se multiplicavam
como ervas daninhas. Mas ai da mulher “que saísse dos trilhos”. Um
marido traído podia matá-la e ficar absolutamente impune, não sendo, em
inúmeros casos, sequer processado e sem que a família da mulher
cogitasse em vingá-la, o que seria absolutamente impensável no caso de
um filho varão. Agora, ele ter amantes, até dentro da própria casa, do
próprio quarto do casal, era aceito como compreensível.
E imaginar
que ainda falta muito para as mulheres alcançarem uma paridade de
direitos com os homens é o que acaba chocando mais ainda.
E para quem pensa que isto
era um problema de negras, cafuzas, mulatas, homossexuais, está
redondamente enganado. Uma moça branca, “de família boa”, só saia de
casa as primeiras horas da manhã, acompanhada, para ir a missa. O resto
do dia passava encerrada em casa, como num serralho.
Os casos de
estupro, violência, incesto, por iniciativa do homem, se multiplicavam
como ervas daninhas. Mas ai da mulher “que saísse dos trilhos”. Um
marido traído podia matá-la e ficar absolutamente impune, não sendo, em
inúmeros casos, sequer processado e sem que a família da mulher
cogitasse em vingá-la, o que seria absolutamente impensável no caso de
um filho varão. Agora, ele ter amantes, até dentro da própria casa, do
próprio quarto do casal, era aceito como compreensível.
E imaginar
que ainda falta muito para as mulheres alcançarem uma paridade de
direitos com os homens é o que acaba chocando mais ainda.
Um comentário:
Carrion,
bem-vindo de volta. Após tanta espera é bom saber que o blog está vivo.
Você se refere ao livro Entre a Luxúria e o Pudor: a história do sexo no Brasil de Paulo Sérgio do Carmo, certo? Comprei pela internet, chega ainda essa semana. Estou ansioso, é uma novidade e tanto.
Assisti recentemente um filme ("Limitless") em que o personagem principal afirma que: há momentos na vida quando você sabe que cruzou a ponte e sua antiga vida acabou. Esse livro será a minha ponte, tenho certeza disso. E onde ele me foi apresentado? No blog O HEDONISTA.
Obrigado
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