O blog de um sujeito que descobriu que o caminho do sofrimento, do ascetismo, da crença, só leva a mais sofrimento, a mais pobreza, ao entorpecimento da capacidade criativa.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Considerações de uma semana I
Primeiro, o caso Ronaldinho. O futebol é um negócio. Um negócio bilionário. Para profissionais. Mas querem que os jogadores não sejam profissionais, “como nos velhos tempos”. Ou seja, para eles o tempo deveria haver parado. Tanto que se um engenheiro escolhe a melhor proposta de trabalho, tudo bem. Se um artista troca de emissora, porque vai ganhar mais dinheiro, ou ter mais projeção, ninguém reclama ou critica. Mas quando Ronaldinho e seu irmão Assis começaram a procurar a melhor proposta, a grita foi geral. “Não vamos participar de leilão”, “é um mercenário” e por aí vai. O próprio Pelé se manifestou. Esqueceu-se que ele foi sempre um péssimo administrador da sua carreira, só se salvando quando foi levado para o Cosmos e encontrou quem administrasse corretamente o que ele recebia. Ronaldinho foi profissional. A torcida passional. Os “cartolas”, amadores.
Um cara que, depois de acreditar em idealismos, em perfeições, na esquerda, na direita, em Deus nunca levei muita fé, menos ainda nas religiões, passou a se dar conta que sempre se pode viver melhor. Que o prazer tem de ser criado, que é bom te-lo e porque ele é o elemento fundamental deste estado, sei lá de que, que chamamos de felicidade.
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