sábado, 9 de outubro de 2010

SEXO COMO FORMA DE PAGAMENTO

Já faz algum tempo que eu vou, e volto, de táxi ao trabalho.
Um dia destes estava conversando com um dos motoristas e ele me comentou que, freqüentemente, à noite, principalmente nas quintas, sextas e sábados, após as quatro da manhã,
algumas meninas, na Cidade Baixa (para quem não é de POA, um bairro de intensa vida noturna), trocavam a corrida para casa, pois estavam sem dinheiro, por favores sexuais (eufemismo meu, de vez em quando convém ser delicado).
No primeiro momento pensei que era “garganta” do “chauffer”. Mas comecei a conferir com outros profissionais do volante. E praticamente todos me confirmaram o fenômeno.
Alguns como participantes, outros como testemunhas, outros ainda, como ouvintes. Claro, os participantes sempre davam a idéia de que acontecia a toda hora, e com eles, e com mulheres lindíssimas. Mas, como homem é muito mentiroso quando se trata deste tema, dou o devido desconto. Mas como o fenômeno se repete com uma boa frequência, creio que dá para chama-lo de habitual.
E não são, aparentemente, prostitutas, garotas de programa. Tanto que vários contaram que tentaram um segundo encontro e foram, delicadamente, rechaçados. “Aquele dia foi uma brincadeira.” “Era só uma experiência”. “Nem sabia o que estava acontecendo.” E por aí vai.
Que sexo sempre serviu de moeda de troca eu já sabia de longa data. Mas para pagar corrida de táxi, confesso, me pegou de surpresa.
Uno muere y no lo vio todo.

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