Sobre o caso Bruno
Nos deixa estupefatos, horrorizados, surpresos, o ocorrido. Mas temos que entender que este tipo de crime, de tempos em tempos, vai ocorrer.
Começa na mitologia grega, quando uma das personagens míticas, cujo nome agora não me ocorre e estou com preguiça de procurar, para vingar-se do amante que a abandonou, mata os próprios filhos com ele, e os serve para o amante durante um jantar. Na ficção isto se repete na “Festa do Bode” do Vargas Llosa. Ou seja, estas idéias terríveis perpassam na mente das multidões, ou de um individuo dito “normal”.
Aqui em Porto Alegre houve, por exemplo, “O Crime da Rua do Arvoredo”, no qual um açougueiro, em conluio com a mulher, matou uma série de pessoas e os transformou em lingüiça; que foi vendida para a alta classe média. Ou seja, estes crimes dependem da loucura, que sempre existiu e deverá continuar existindo.
O que é insuportável são estes crimes do quotidiano que não são tratados de modo adequado. Repetem-se ad nauseam sem que se modifique o modo de encara-los, ou trata-los.
Um delegado de polícia me contou que tem pessoas que eles prendem e acabam tendo de liberar por uma falha jurídica qualquer, ou não tem vagas nas cadeias, ou contam com benevolência do promotor, ou do juiz.
“Total, cadeia não recupera ninguém.”
O diabo é que a sensação de impunidade dá uma idéia para o indivíduo, ou aos que lhe são semelhantes, de que ele pode continuar fazendo aquilo.
A mesma opinião, com poucas modificações, me foi dada por um promotor. Ou seja, enquanto não houver um movimento da massa, do povo, das multidões, para mudar isto, e esta dificilmente se mexe de modo decisivo, tudo deverá continuar como antes no quartel de Abrantes.
Ernst JüngerA Guerra Como Experiência Interior
Este livro do Ernst Jünger foi escrito com as tripas, tal a crueza, frieza e despreocupação com o politicamente correto. É uma pessoa que esteve lá. Não é um acadêmico, não é um teórico. É um sujeito que sentiu a dor, viu a podridão dos cadáveres, viu homens morrerem de todas as formas possíveis.
Para quem quer ler um livro de alguém que não tem medo de dizer o que pensa, esta é a minha sugestão. Se alguém quer ler o livro de alguém que descreve a guerra como provavelmente foi, sugiro um outro livro dele; “Tempestades de Aço”. Supimpa!
Este livro do Ernst Jünger foi escrito com as tripas, tal a crueza, frieza e despreocupação com o politicamente correto. É uma pessoa que esteve lá. Não é um acadêmico, não é um teórico. É um sujeito que sentiu a dor, viu a podridão dos cadáveres, viu homens morrerem de todas as formas possíveis.
Para quem quer ler um livro de alguém que não tem medo de dizer o que pensa, esta é a minha sugestão. Se alguém quer ler o livro de alguém que descreve a guerra como provavelmente foi, sugiro um outro livro dele; “Tempestades de Aço”. Supimpa!
Um comentário:
A personagem mítica que tu se referes não é Medéia?
"O que é insuportável são estes crimes do quotidiano que não são tratados de modo adequado. "
Certíssimo.
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