Assisti Fita Branca e tive certeza que ganharia o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Depois assisti ao argentino O Segredo dos Seus Olhos. Minha convicção ficou abalada.
Fiquei deslumbrado com o espetáculo coreográfico de Avatar. Mas depois de ver Guerra ao Terror achei este último mais profundo, humano e, principalmente, capaz de tocar em camadas mais íntimas do ser humano, sem idealismos e sonhos.
Finalmente revi O Ovo da Serpente e Calígula. Aquele, junto com a Fita Branca, dá uma prévia de como uma hecatombe se forma. (Também isto aparece, na literatura, em Guerra e Paz do Tolstoi.).
Já, em Calígula, vi o que a maturidade e as experiências da vida fazem para que se tenha uma outra visão da vida. Onde eu mais jovem, moralistas & afins, viam só depravação, sexo ensandecido, vi a loucura em sua mágica extensão. É impossível entender o reinado de Calígula se não compreendermos o que é a Loucura, com a sua necessidade de Poder, de Sadomasoquismo, da obrigação de uma Ordem, louca, mas ainda ordem.
Não se pode fazer um filme sobre Hitler sem o Holocausto. Não dá para fazer um filme sobre Stalin sem os seus “gulags”. Ou sobre Mao sem os seus trinta milhões de mortos, de fome, por conta dos planos qüinqüenais. E por aí vamos. Calígula é um filme corajoso, adiante de seu tempo. Para alguns, talvez não passe de uma sucessão de orgias. Para mim, é toda aquela luta que os indivíduos travam para subir e terem uma falsa sensação de poder. Tudo foi sendo tolerado. Apenas quando avança nas propriedades físicas dos romanos é que estes efetivamente se revoltam e acabam assassinando-o. Ter sempre foi confundido com Poder. Isto é ilusório. Mas vá a gente tentar convencer os outros disto. E, às vezes, até a gente mesmo.
Fiquei deslumbrado com o espetáculo coreográfico de Avatar. Mas depois de ver Guerra ao Terror achei este último mais profundo, humano e, principalmente, capaz de tocar em camadas mais íntimas do ser humano, sem idealismos e sonhos.
Finalmente revi O Ovo da Serpente e Calígula. Aquele, junto com a Fita Branca, dá uma prévia de como uma hecatombe se forma. (Também isto aparece, na literatura, em Guerra e Paz do Tolstoi.).
Já, em Calígula, vi o que a maturidade e as experiências da vida fazem para que se tenha uma outra visão da vida. Onde eu mais jovem, moralistas & afins, viam só depravação, sexo ensandecido, vi a loucura em sua mágica extensão. É impossível entender o reinado de Calígula se não compreendermos o que é a Loucura, com a sua necessidade de Poder, de Sadomasoquismo, da obrigação de uma Ordem, louca, mas ainda ordem.
Não se pode fazer um filme sobre Hitler sem o Holocausto. Não dá para fazer um filme sobre Stalin sem os seus “gulags”. Ou sobre Mao sem os seus trinta milhões de mortos, de fome, por conta dos planos qüinqüenais. E por aí vamos. Calígula é um filme corajoso, adiante de seu tempo. Para alguns, talvez não passe de uma sucessão de orgias. Para mim, é toda aquela luta que os indivíduos travam para subir e terem uma falsa sensação de poder. Tudo foi sendo tolerado. Apenas quando avança nas propriedades físicas dos romanos é que estes efetivamente se revoltam e acabam assassinando-o. Ter sempre foi confundido com Poder. Isto é ilusório. Mas vá a gente tentar convencer os outros disto. E, às vezes, até a gente mesmo.
2 comentários:
É vero. Existe tanta falsa sensação de poder...
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teria que rever calígula, vi quando a ditadura liberou aqui, lá nos anos 80. e não gostei, nem das orgias - sexo sem tesão? - nem de como se conta a história.
vc deve saber que o filme foi produzido pela playboy, né? e que era pra ser arte - o que se vê no elenco qualificado. mas o hugh hafner não gostou das pretenções artísticas e cortou grande parte da obra, inserindo umas putariazinhas chochas no lugar pra ver se chamava a atenção de um público menos "letrado". foi um fracasso retumbante e processos pra todo lado.
avatar é lindo de ver. uma experiência pictória intensa. mas se eu disser mais do que isso seria mentira.
o alemão e o argentino não vi ainda. a fita branca já baixei, falta rodar no cd.
ah, e o poder é uma merda. lembro disso todo dia.
*
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