domingo, 7 de junho de 2009

HITLER, CORÉIA DO NORTE E A NÃO INTERVENÇÃO

Com estes testes de foguetes, com a busca da tecnologia nuclear, a Coréia do Norte tem deixado muita gente com o sono mais leve.
Fico pensando na ascensão do Nazismo na Alemanha.
Quando Hitler subiu ao poder muitas de suas reivindicações pareciam justas.
A Alemanha fora derrotada na I Guerra Mundial e o tratado de Versailles, com sua mistura de cláusulas para impedir novas guerras, conseguir reparações para as potências vencedoras, como meio de vingança para reparar as humilhações sofridas pela França, principalmente, ajudava a criar um clima de revanche que o Adolfito soube aproveitar bem para mobilizar as massas.

O fato é que, desde que subiu ao poder ele começou a desafiar o tratado e os seus signatários.
Invasão de regiões desmilitarizadas, remilitarização da Alemanha e por aí vai.
Os demais países ficavam na base do protesto, de sanções, que sempre eram parciais e que não eram obedecidas por todos.
E o Adolfito avançando, avançando.
Quando desobedeceu ao acordo de Munich, que ele havia assinado e ele declarara como satisfatório, recebeu o cartão amarelo. Quando invadiu a Polônia recebeu o cartão vermelho.
Só que então pelo menos 100 milhões de seres humanos pagaram com a vida.
Até hoje se cobra de ingleses e franceses não haverem intervido para valer no início do processo, quando a Alemanha Hitlerista não tinha ainda meios de impedir efetivamente a ação dos Aliados.
Ingleses e franceses não queriam sujar as mãos, não queriam perdas de vida humanas, imaginavam conseguir apaziguar a fera, que ela tivesse bom senso. A idéia do “somos contra a Guerra” prevaleceu. O que se viu foi o contrário.
A insaciabilidade de Hitler só aumentava. Agora passava por cima dos tratados que ele mesmo havia assinado.
Hoje observamos a Coréia do Norte desafiar tratados e potencias. Não nego que ela tenha as suas razões. Como Hitler também as tinha. Mas como Hitler, e sua camarilha, os dirigentes norte coreanos não são flores de se cheirar.
E todo mundo fica na base do protesto, das ameaças de sanções e por aí vai. Inevitavelmente Coréia do Sul e Japão vão partir para um rearmamento mais efetivo. Daí, até uma centelha explodir a primeira bomba será um upa.
Novamente, alguns milhões morrerão, os pósteros vão reclamar de que não se interveio mais precocemente e os que hoje clamam por soluções pacíficas, não intervenção, etc. e tal, vão ficar calados, ou vão alegar que os que interviriam também não eram santos e veremos a História mais uma vez se repetir.
“Ave César morituri salutanti”

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