Marelise, estudante universitária, 22 anos, casada, Porto Alegre.
Dr. Carrion, quero ver se o sr. consegue me ajudar na confusão que está a minha vida.
Meu pai teve um caso com a mulher de um amigo dele. Apaixonaram-se e foram viver juntos. Acontece que eu sempre fui apaixonada pelo marido desta mulher e, apesar da diferença de idade ser grande, começamos a namorar, passamos a viver juntos e acabamos casando. Para piorar a situação descobri que minha mãe já havia tido um caso com meu atual marido. Por mim, tudo bem, mas ela acha que eu e ele ficamos juntos só por conta disto e não porque eu o amo.
O fato é que agora ninguém se dá com ninguém.
Sei que esta história pode parecer mentira, mas é a mais pura verdade. O diabo é que com tudo isto me sinto muito isolada. Tirando meu marido não tenho ninguém com quem conversar na família. O que eu posso fazer?
Frente a complexidade da situação, as tensões entre as pessoas, as mágoas, as sensações de traição, acho muito difícil que consigas fazer algo que leve a estas pessoas a se relacionarem bem. Casos como estes parecem ter como único remédio o tempo. E um tempo nada pequeno. No futuro, talvez todos consigam rir desta situação toda. Mas só no futuro. E, se conseguirem se dar conta que são seres humanos, que seres humanos podem tomar atitudes surpreendentes, inéditas, fora do comum, apenas por serem humanos e terem emoções, desejos, impulsos, que nem sempre se coadunam com a moral, ou com a lógica.
Dr. Carrion, quero ver se o sr. consegue me ajudar na confusão que está a minha vida.
Meu pai teve um caso com a mulher de um amigo dele. Apaixonaram-se e foram viver juntos. Acontece que eu sempre fui apaixonada pelo marido desta mulher e, apesar da diferença de idade ser grande, começamos a namorar, passamos a viver juntos e acabamos casando. Para piorar a situação descobri que minha mãe já havia tido um caso com meu atual marido. Por mim, tudo bem, mas ela acha que eu e ele ficamos juntos só por conta disto e não porque eu o amo.
O fato é que agora ninguém se dá com ninguém.
Sei que esta história pode parecer mentira, mas é a mais pura verdade. O diabo é que com tudo isto me sinto muito isolada. Tirando meu marido não tenho ninguém com quem conversar na família. O que eu posso fazer?
Frente a complexidade da situação, as tensões entre as pessoas, as mágoas, as sensações de traição, acho muito difícil que consigas fazer algo que leve a estas pessoas a se relacionarem bem. Casos como estes parecem ter como único remédio o tempo. E um tempo nada pequeno. No futuro, talvez todos consigam rir desta situação toda. Mas só no futuro. E, se conseguirem se dar conta que são seres humanos, que seres humanos podem tomar atitudes surpreendentes, inéditas, fora do comum, apenas por serem humanos e terem emoções, desejos, impulsos, que nem sempre se coadunam com a moral, ou com a lógica.