segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

A MORTE DO DRAGÃO


Marco Aurélio Becker foi colega de turma. Nós o havíamos apelidado de Dragão. Não me perguntem porquê. O apelido não tinha nada de pejorativo, ou exaltativo. Me dava bem com ele, embora nunca fossemos íntimos. Também sempre votei nele. Era um sujeito polêmico. Sempre foi um político. Mas nunca um político populista. Votávamos nele e o apoiávamos por ser ele um defensor da Medicina, do modo como ele a entendia e que coincidia com a maior parte de nós, haja vista as suas sucessivas reeleições.
Ele foi morto provavelmente por estas posições que tomava em relação à Medicina. Pode ser que
o tenha sido por outro motivo, mas acho difícil.
O que eu acho difícil é que se descubra quem o matou e o porquê.
O crime foi executado por profissionais, as circunstâncias deixam isto claro. Quem contratou deve ser alguém com capacidade para contratar gente capaz. Mesmo que se chegue ao matador, existem tantas firulas jurídicas que duvido que se consiga fazer algo com o mandante.
Enfim. Mais uma destas mortes que vão ficar por isto mesmo, embora eu torça para estar errado.
O diabo é a gente se dar conta que cada vez está mais perigoso se viver num país como o nosso, se destacando e tendo posições firmes.
Acho que vou me especializar em falar no tempo, nas flores, e de leve, muito de leve, em sexualidade. Pelo menos enquanto eu achar que vale a pena continuar vivo.

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