quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O PALHAÇO TIRIRICA E AS NOSSAS ELEIÇÕES

Lembro da eleição, ou da enxurrada de votos, que o rinoceronte Cacareco recebeu para vereador lá pelos anos 60, em São Paulo.
Embora fosse um guri na época, já lia tudo o que me caia na mão. Com isto li análises políticas, sociológicas, psicológicas a respeito do fenômeno.
As análises daquela época não diferiam, em seu âmago, em nada das que são feitas hoje em dia a respeito do “fenômeno Tiririca”.
O fato é que o Brasil continua sendo o Brasil, e pronto!
Nós não mudamos, nós não aprendemos, ou, se aprendemos, já esquecemos.
É sempre a mesma leviandade, disfarçada de alegria, de despreocupação, de faz de conta.
A Erenice fez o que fez e nada acontece e ninguém é responsável.
O Mensalão explodiu e fora a cassação de meia dúzia, o resto ficou no dito pelo não dito.
O governador do Amapá é pego com a boca na botija, é preso, e volta em triunfo nos braços do povo.
O mesmo aconteceu com alguns deputados dos Anões do Orçamento.
Poderia continuar citandos fatos, das mais distintas origens, até cansar a mim e a vocês.
Alegar a ignorância do povo, dizer que o povo não sabe votar, me parece estouvamento
Informação não falta. Mas não queremos a informação. Não nos utilizamos da informação. Não nos preocupamos com a informação.
Que a colombina e o pierrô continuem a dançar apaixonados. Total, tudo é ilusório, é carnaval.
Et la nave va... e nós nela!

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