quarta-feira, 29 de setembro de 2010

OS SETE PECADOS MORTAIS, ou, nos enganaram direitinho

A IRA – Pode ser filha da Inveja, mas não necessariamente. Quando posta em prática, através da violência, da destruição, do roubo é um baita de um pecadão. O disfarce em Santa Ira, em Ira Justa, e por aí vai, não deve enganar ninguém. É pecado e pronto!

A AVAREZA – Para mim só é pecado quando o avaro abarcando uma tal quantidade de capital consegue imobilizar a sociedade. Até este ponto a avareza é um problema para o próprio indivíduo que não aproveita a sua vida. Mas, mesmo quando ele suplanta este ponto, precisa da conivência da sociedade para que isto ocorra e se sustente. E aí não é uma questão de pecado e sim judicial.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

MOMENTO DE AUTO-ABACANAMENTO

Estive em Caxias ouvindo o filósofo francês Gilles Lipovetsky. Ele falava da pós modernidade, ou hiper modernidade, como ele acha mais adequado dizer.
Observando as suas idéias me dei conta que eu posso ser considerado um homem hiper moderno, no sentido conceitual, não de que eu seja hiper alguma coisa. Mas deu para me sentir abacanado.
Ou seja, estar ligado a globalização da informação, aceitar o mercado (ou seja, estar com os pés no chão) e valorizar a individualidade (que é diferente de egoísmo, ou individualismo patológico e não ético).

domingo, 26 de setembro de 2010

OS SETE PECADOS CAPITAIS, ou onde nos sacanearam

Revi o filme Seven e sai pensando nos tais pecados capitais. Como não concordo com várias coisas resolvi partir para a minha interpretação do que seria, ou não, um pecado e sua gravidade.
Devo deixar bem claro que considero pecado a ação, nunca o pensamento, o desejo, a fantasia. Primeiro porque não mandamos na existência destes, segundo, porque a rigor, se mal fizerem, é apenas àqueles que tem tais desejos, pensamentos, fantasias. Também não me refiro a pecado no sentido religioso, e sim, e tão somente, quando geram fatos que trazem sofrimento a outros, que, na maior parte das vezes não podem se defender.


A INVEJA – É, ao meu ver, um pecado grave. O sujeito que colocou a frase no para-lama do seu caminhão: “A INVEJA É UMA MERDA”, tem toda a razão. A INVEJA faz mal para quem a tem, pois fica amargo, frustrado, irritado, ao mesmo tempo em que, mais cedo, ou mais tarde, acaba fazendo algum mal para o alvo da sua inveja, nem que seja por despeito.
Reintero o que disse antes.
Estou de acordo em considera-la um pecado e dos graves. Mas não pela pessoa sentir inveja, porque nisto ela não manda. Mas por ela exercer a inveja, fazendo algo ruim para o outro.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O PALHAÇO TIRIRICA E AS NOSSAS ELEIÇÕES

Lembro da eleição, ou da enxurrada de votos, que o rinoceronte Cacareco recebeu para vereador lá pelos anos 60, em São Paulo.
Embora fosse um guri na época, já lia tudo o que me caia na mão. Com isto li análises políticas, sociológicas, psicológicas a respeito do fenômeno.
As análises daquela época não diferiam, em seu âmago, em nada das que são feitas hoje em dia a respeito do “fenômeno Tiririca”.
O fato é que o Brasil continua sendo o Brasil, e pronto!
Nós não mudamos, nós não aprendemos, ou, se aprendemos, já esquecemos.
É sempre a mesma leviandade, disfarçada de alegria, de despreocupação, de faz de conta.
A Erenice fez o que fez e nada acontece e ninguém é responsável.
O Mensalão explodiu e fora a cassação de meia dúzia, o resto ficou no dito pelo não dito.
O governador do Amapá é pego com a boca na botija, é preso, e volta em triunfo nos braços do povo.
O mesmo aconteceu com alguns deputados dos Anões do Orçamento.
Poderia continuar citandos fatos, das mais distintas origens, até cansar a mim e a vocês.
Alegar a ignorância do povo, dizer que o povo não sabe votar, me parece estouvamento
Informação não falta. Mas não queremos a informação. Não nos utilizamos da informação. Não nos preocupamos com a informação.
Que a colombina e o pierrô continuem a dançar apaixonados. Total, tudo é ilusório, é carnaval.
Et la nave va... e nós nela!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A MULHER PERFEITA



... Não houve, obviamente, unanimidade. Esta é burra, já dizia o Nelson Rodrigues.
E o que me disseram estes homens?
• A mulher não pode ser feia. Reparem que não disseram que ela tem de ser bonita.
• Que ela não seja chata, pegajosa, cobradora, rezingueira, com faniquitos, amarga, rancorosa. Pelo contrário, que seja alegre, brincalhona, tenha bom humor. O que não quer dizer que tenha de ser uma Amélia, uma pobrecoitadinhasubmissaaograndemachão, ou umapobrecoitadinhadodestinoqueaquimetens. Pelo contrário, deve saber se posicionar e ter atitudes firmes. Que saiba se valorizar. Mas sem agredir, a não ser em última instância.
• Embora não mandona, saiba tomar iniciativas, sexuais inclusive. Mas não ficando todo o tempo mandando, controlando, decidindo.
• Que faça, sem brigas, sem prepotência, valer a sua independência.
• Que mostre cuidado consigo. Limpeza, corpo, roupas, sem exageros, mas mostrando que se julga importante ao ponto de valer a pena o cuidado. E sem nunca, jamais, perder de vista que tem de fazer coisas pela sua feminilidade, eroticidade. Ter algo de bom para oferecer.
• Que seja feminina, razoavelmente delicada, carinhosa (o grau vai variar de homem para homem).
• Que na cama se permita ser plenamente fêmea. Do jeito que é. Nem se inibindo, refreando, “com medo do que ele vai pensar”, e nem fazendo teatro demais, se bem que um pouquinho de teatro pode. Homem é o famoso “me engana que eu gosto”.
• Que na cama comece devagar, tem muito homem que é assustado, inseguro, mas depois vá se soltando, sem medo de ser feliz.
• Ser um pouco safada, escrachada, maliciosa, pode ajudar a apimentar muitas relações e muitos homens gostam desta apimentada.
Poderia continuar quase que infinitamente, mas acho que estes pontos são básicos e servem para começarmos a conversar.


PS. Alguns homens não estão interessados NA MULHER, interessam-se pela mulher objeto. Para estes estas minhas observações não servem.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A MULHER PERFEITA

Como não tenho pretensão de ser um dono da verdade resolvi consultar uma série de técnicos sobre o assunto.
Esclareço antes de tudo o que eu chamo de técnico no assunto. Um homem; heterossexual, com mais de 45 anos de idade e por cuja vida, entre casos, namoradas, amantes, esposas, prostitutas, ou outras designações que se possa dar para a relação entre um homem e uma mulher em que tenha havido sexo; que tenha tido experiência com mais de 60 mulheres.
Explico. Um homem, que ao longo da vida se relacionou com só uma mulher, sabe tudo, sobre aquela mulher. Um que se tenha relacionado com três ou quatro, pode ter o que se chama em estatística, uma amostra viciada.
Alguns podem se haver relacionado com 20 ou 30 mulheres, mas ao examinar se vê que fez isto numa determinada fase da vida. Nos outros estava mais parado que água de poço.

Estes números, 45 anos, 60 mulheres foram escolhidos quase que ao azar, diria até cabalisticamente, mas que me pareceram ser significativos. Devo lembrar que não sou um estatístico e nem um acadêmico. Julgo-me muito mais um livre pensador, um “homem de pele”, do que qualquer outra coisa.
Não houve, obviamente, unanimidade. Esta é burra, já dizia o Nelson Rodrigues.
E o que me disseram estes homens?
Segue numa próxima edição.