terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A REFORMA ORTOGRÁFICA, ou a arte de complicar

As classes sacerdotais, frequentemente, na tentativa de manterem o poder criavam linguagens cripticas com a finalidade de só os iniciados terem os conhecimentos necessários para chegar até Deus.
A minha impressão é que o mesmo ocorre com os gramáticos. Haja vista a atual reforma ortográfica.
Em vez de simplificarem, mantém regras cheias de exceções, de maneira que só os iniciados saibam o que é, e o que não é, correto.
Viagem é com G, viajar é com J. E por aí vai, com o S, o Z, o X, o Ç.
Mantém-se o acento numa série de exceções.
Com o hífen então é uma tragédia. Se eu escrever guarda-chuva, ou escrever guardachuva, ou ainda guarda chuva, faz alguma diferença para o significado? Alguém vai pensar que guarda-chuva/guardachuva é outra coisa que não o prosaico instrumento que usamos para nos defender da chuva? Que se escrevam as palavras compostas todas com hífen, ou todas sem.
A colocação dos Me, Te, etc. porque tem de ter regra? -Me traz uma ceva! Está errado. Mas já imaginaram alguém num boteco dizendo: -Traz-me uma ceva!
Ainda bem que terminaram com o trema.
Mas pensando bem, se dá para complicar, porque facilitar?

domingo, 18 de janeiro de 2009

RAPIDINHAS

Não, não falei de rapidinhas sexuais. Até por que, noventa e la vão picos de homens, ou sabem dar, ou dão mesmo contra a vontade.
São rapidinhas da vida.
E o ministro Tarso Genro, quem diria, está me saindo melhor que a encomenda. Agora com esta de dar asilo político para um cara condenado por quatro assassinatos. Fico pensando se eu fosse pai, ou filho, de um dos assassinados. O que estaria pensando do "nobre" gesto do deputado?
Se alguém matasse um filho, um neto, do nosso excelso ministro, e um país que quer entrar para o Conselho de Segurança da Onu, ou do G8, lhe desse asilo. O que pensaria o nosso magnânimo ministro? Ou no dos outros é refresco? E dizer que eu votei nele no seu primeiro mandato como prefeito (verdade que naquela ocasião se saiu bem, no segundo, contrariando o que disse durante a campanha renunciou para concorrer a governador, e perdeu.)? Será que ele quer queimar o governo do Lula para ser candidato e ter como plataforma entrar para o G8 e para o Conselho de Segurança da Onu?
E o meu amigo Renato Viera, que sucessão heim? É bobagem, quando o cara é bom o sucesso e a publicidade vem ao natural.
E Israel e o Hamas? Que me dicen? A sensação é que não tem solução. Porque não basta um dos lados ter bom senso. É preciso que os dois lados tenham bom senso e, o que é pior, ao mesmo tempo. Como tem muito sangue fresco por lá, acho que a coisa não se resolve. O que eu acho que é um absurdo é políticos brasileiros se meterem a dar palpites, tomando partido de um lado , ou do outro. Daqui há pouco, se se deixam as tensões subirem, vamos ter mini conflitos aqui entre descendentes de árabes e israelentes que moram aqui. O que será uma pena e uma tragédia.
Só para não deixar de falar em sexo. No hotel que eu estava neste fim de semana tinha um casal no quarto ao lado. Nesta noite o casal deu uma transadinha. Entre o primeiro rumor e o último não se passaram três minutos. E só dele. Dela, nem um pio. E eram pesssoas jovens, tipo trinta anos. Num sábado, num hotel, vão aproveitar mal a vida assim. Ou será que o BBB é melhor e mais emocionante.

domingo, 11 de janeiro de 2009

DÚVIDAS SOBRE O PRAZER

Todo mundo diz que quer ser feliz. Melhor, quase todo mundo. Tem um bando de masoquistas que, sob a alegação de que graças ao sofrimento se consegue o Nirvana, ou algo que se lhe equivalha, curtem formas de sofrimento que os levarão ao prazer e a felicidades eternas. Se estiverem certos eu terei quebrado a cara por não acreditar nisto.
A minha tese é que sem prazer não se consegue ser feliz. Embora tendo-se prazer não significa necessariamente que se está feliz.
Comer dá prazer. Mas engorda
Dormir dá prazer. Mas além de trazer depressão, pode ser muito improdutivo.

Beber dá prazer. Mas engorda, embriaga, e pode causar danos definitivos.
Fumo, drogas, dão prazer, mas custam caro ao longo da vida.
E por aí vamos.
Por isto fico me perguntando: Por que as pessoas economizam tanto em vida sexual, principalmente quando tem alguém que amam.
Se estão cansadas não transam.
Se estão ansiosas não transam.
Se estão preocupadas não transam.
Se estão chateadas não transam.
Se estão ....... não transam.
Ou seja, a vida já não está boa e impedem um prazer que teriam a mão. Um prazer que ajudaria a mitigar o sofrimento, o desconforto, que traria alguma luz a escuridão da depressão, da fossa, de um vazio existencial.
Não consigo entender. E, à medida que vou ficando um observador mais experiente, mais enxergo isto ao meu redor.
Existem amigos meus que são exceção. Percebo que eles vivem melhor.
Quem sabe alguém faz esta experiência e depois me conta. Mas lembrem-se. Sexo só por sexo é como comer um bombom. É muito bom. Mas o prazer acaba em seguida. Nesta hora, piegas, ou não, têm que ser sexo com amor.

sábado, 10 de janeiro de 2009

ISRAEL versus HAMAS, ou viceversa

“Numa guerra a primeira vítima é sempre a verdade.”
Digo isto porque lendo o noticiário, se não se tiver cuidado podemos facilmente ser enrolados pela ideologia de quem escreveu o artigo.

Sobre um mesmo incidente li as seguintes manchetes.

Hamas faz de uma escola base de lançamento de foguetes contra Israel que revida.

Israel bombardeia uma escola, ‘n’ mortos.

Ou então:
Cessar fogo é ignorado. Israel continua os bombardeios e Hamas lança foguetes.
Fracassa o cessar fogo! O lançamento de foguetes e os bombardeiros continuam.

Digam meus queridos amigos, não dá para ter uma idéia sobre que lado quem nos informa está?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

UMA DÚVIDA QUE NÃO QUER CALAR

Se todo mundo se diz incomodado pelos rumos que o Natal, e as Festas de Fim de Ano, tomaram.
Se a grande maioria das pessoas que conheço se queixa de que têm horror destas datas.

Por que ninguém faz nada para mudar o seu final de dezembro e acabam se submetendo ao script que é imposto “pelos outros”?
Acomodação?
Medo de quebrar o paradigma (Tenho horror desta palavra, mas, voilà, não encontrei outra.)?
Medo de ser criticado, tachado de alguma coisa desagradável?
Dúvidas, dúvidas... Oh! Dúvidas cruéis!!!

O IRAQUE, OU O AFEGANISTÃO, OU A FAIXA DE GAZA, É AQUI

Feriadão de Natal, só no Rio Grande do Sul.
Mortes no trânsito - 22
Assassinatos - 40

Feriadão do Ano Novo, só no Rio Grande do Sul.
Mortes no trânsito - 17
Assassinatos – 38

Total de Mortes – 117 mortes

Alguma dúvida quanto a nossa violência, a nossa incapacidade em aprender, a nossa incapacidade em prevenir, tomar atitudes?
Alguma dúvida de que somos tomados por um paralisante, “é assim mesmo, que se há de fazer?”
É de se reparar que mesmo sem uma fiscalização adequada, a atitude do “álcool zero”, ajudou a diminuir o número de acidentes de trânsito do ano passado para cá. Porque não outras atitudes, talvez até antipáticas, ou antieconômicas, mas que poupariam vidas. Ou quem sabe, quantificamos o valor de uma vida e não se tomam medidas em que o prejuízo econômico supere este valor?
Mientras tanto, alguma dúvida quanto a nossa capacidade em por a culpa nos outros?

Não estão computadas as mortes que ocorrem depois do registro da ocorrência, mas derivadas dele (aí incluídas as tentativas de assassinato, brigas, feridos do trânsito).
Parece que a dificuldade em aprender é realmente grande.