domingo, 23 de maio de 2010

Filosofando sobre o Banal

Todos os fins de semanas ouvimos, ou vemos pessoas reclamando de que o juiz de futebol deu pênalti, quando todos na TV vimos que não foi pênalti. Ou gol. Ou jogada para expulsão. Aí eu me pergunto: Por que não se usam todos estes recursos eletrônicos, que temos a disposição, para evitar estes erros crassos? Por que o ser humano tem tanto medo de mudar?


Um jantar entre amigos e alguém fala em tom categórico que moda é assunto supérfluo, fútil. Minha mulher que usa faca na bota respondeu na lata. - E o futebol, que ocupa páginas e mais páginas de jornal, de minutos, ou horas, na TV ou rádio, não é ele algo também fútil? Silêncio.
Fico pensando, porque esta intolerância com as diferenças? Seja de gostos, de pontos de vistas, de “raça”, de religião, e por aí vai.

Por um lado a popularidade do Lula se mantém em alta. Por outro os que não gostam dele se esganiçam na Internet, ou em alguns órgãos da imprensa. Fico pensando, por que as pessoas, principalmente na Internet continuam na mesma linha de ataque que, já se sabe, é inócua. Pois fazem um discurso que só atinge os mesmos que pensam do mesmo modo. Está faltando criatividade para abordar o assunto que atinja quem não pensa da mesma maneira. Do jeito que está parece um clube fechado que quer mudar o mundo, mas é incapaz de tentar entender como os outros vêem o mundo, e portanto como dizer algo que sensibilize este mesmo mundo a pensar diferente. Me desculpem pelo acúmulo de "mundo", mas pela pressa não pude procurar uma sinonímia adequada, ou pensar em formas variadas de expressão.

O Woody Allen para mim é um gênio. Não é o maior gênio, porque não existe “o maior gênio”. Sempre se pode ser brilhante em algum campo e medíocre em outros. Ou, como tal brilhantês me incomoda, ou não entendo, o outro deixa de ser visto por mim como sabe-tudo. Deste último filme dele, Tudo Pode dar Certo, ou algo pelo estilo, só tive comentários do tipo. Maravilhoso! Ou. Não consigo gostar do Woody Allen e dos filmes dele! Ou seja, ou se é branco ou preto. Tons de cinza não existem. Eu gostei, e muito do filme. Encara as diversidades como algo natural e saudável. Parece que não é todo mundo que gosta desta tal de diversidade. Deixa tudo muito complicado. Ou talvez tenham medo que a diversidade os atinja e eles sejam obrigados a se desdizer. E isto é muito complicado. É preferível, para a maioria, ser turrão do que aceitar que se errou e que é necessário reformular algo.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Neville Chamberlain ou J. Carter?


Frente a esta intervenção do presidente Lula tentando acertar um acordo com o Irã fico a me perguntar, frente “ao sucesso aparente”.
Será ele um Chamberlain que, depois do pacto de Munique, desceu em Londres anunciando o sucesso de sua missão?
Um ano depois Hitler invadia a Polônia e a Inglaterra entrava em guerra com a Alemanha.
Ou será um Carter que conseguiu colocar Anwar Sadat e Menachen Begin frente a frente, os dois ex-terroristas, e conseguiu um tratado de paz que dura até hoje?
Minha dúvida é por que o presidente do Irã me parece estar mais para Adolfito (que praticamente rompeu com todos os tratados que assinou) do que para alguém capaz de respeitar os pactos que assina.El tiempo lo dirá...

sábado, 8 de maio de 2010

FALEMOS UM POUCO DE SEXO - Capítulo Final

O que eu aprendi, de básico, e passo para vocês foi:
· Tem-se que desaprender as regras machísticas. A não ser para lidar com mulheres “às antigas”, que ainda as há.
· Tem-se que aprender que nós temos o direito a não estarmos com vontade. De se estar sem tesão.
· Que não somos videntes, adivinhos ou algo pelo estilo, para sabermos tudo que uma mulher pode querer da gente.
· Que uma mulher nunca é igual a outra. Portanto, mesmo que eu já tenha saído com cem mulheres, continuo um ignorante no que diz respeito a que está na minha frente. Será que na hora H ela quer uns tapas na bunda ou carinhos pelo corpo? Que eu a chame de meu amor. Minha princesa? Ou minha Puta? Portanto, se, nesta primeira vez, eu errar é apenas porque eu sou humano. Repetir o que não funcionou é sinal apenas de estupidez ou egoísmo, que é praticamente a mesma coisa.
· Que eu não posso me basear no que eu gosto. Que uma mulher é tão parecida com um homem como um liquidificador e uma batedeira.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

FALEMOS UM POUCO DE SEXO

Capítulo II


As coisas foram mudando aos poucos. Algumas audazes começaram a surgir. Mas eram ainda poucas. Exceções. A diferença de idade também ajudava, pois as mulheres das novas gerações não tinham contato com a maior parte da nossa geração machística.
Depois casei, me aquietei. Ouvia falar disto e daquilo, mas eram apenas comentários. Nenhuma mulher me peitava para algo mais explicitamente sexual.
Até que um dia... Fui buscar meu filho, com 14 anos à época. Jogava futebol e na arquibancada havia um grupo de meninas da mesma faixa etária. E elas torciam, faziam comentários bem desabridos. De repente um dos guris dá uma furada. Elas o apupam. Ele reage levando a mão ao saco. Uma delas responde, seguida em coro pelas outras. –Não tem nada aí e se tiver não funciona!
Naquele dia me dei conta de que as coisas haviam mudado para valer.
Pensei. –Pobre destes guris! E passei a me preparar para lidar com isto no consultório.

terça-feira, 4 de maio de 2010

FALEMOS UM POUCO DE SEXO

Este trecho será publicado em partes porque nada é tão chato como ler longos trechos na Internet.




Ta bom! Falemos um pouco de sexo. Total, hedonismo sem sexo é o mesmo que praia sem água.

Estou impressionado com a quantidade de homens que estão na defensiva, diria até, com medo, das mulheres que tomam a iniciativa. Parece que o medo de falhar, de não dar conta do recado se tornou imenso; incomensurável.

A Mulher não é mais para eles um objeto de deleite. É um algoz pronto a tripudia-lo assim que falhar, não corresponder aos seus desejos, que são infinitos e irrealizáveis.

Fico pensando nos bons tempos d’antanho quando se podia chegar em qualquer mulher e dizer que se queria beija-la, ou até mesmo transar com ela; e ficava tudo bem para a gente, machões que éramos, pois ela tinha obrigação de dizer não!