quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Praga vista do Castelo



Esta é a visão que se tem de Praga, quando se está no Castelo dos reis da Boêmia. Aqui dá para entender o que é urbanismo e o que é um progresso não predatório. Conservou-se o histórico, a cidade pode expandir-se; se tem uma cidade com indústrias, comércio e turismo. Fico pensando na nossa pobre Porto Alegre. Desfigurada, alterada, congestionada, com seu passado sendo pisoteado a todo o momento. Fica, para nós, o "mais lindo pôr do sol do mundo", que como eu vi uma senhora uma vez comentar a um jovem que disse isto. -Acho que tu tens de viajar mais e ver mais pores de sol.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A VIAGEM

Por conta de uma série de circunstâncias alheia a minha vontade fazia um bom tempo que eu não viajava ao exterior.
De repente, e põe de repente nisto, uma série de conjunturas me colocaram em um avião da KLM a caminho “das Oropias”.
E lá fomos, eu e a Debora, a caminho de Praga, ou Praha.
Por quê Praga. Porque Praga foi a única cidade importante da Europa que foi poupada dos bombardeios, cercos, tomadas heróicas da Segunda Guerra Mundial.
O estagnatismo do comunismo impediu que ela fosse arrebatada pelo “progresso” desenfreado e especulativo do capitalismo selvagem, que tem transformado as nossas, e muitas outras cidades, em hiléias de concreto, aço e vidro. Na entrada do Centro Histórico, a Torre da Pólvora, e edifícios do século XIX. À direita, um dos prédios grandiosos da Realidade Socialista (Sede de um banco).
Em verdade existem duas Pragas. A que nós visitamos, com castelos, catedrais, prédios do século XVII, XVIII, XIX e XX. Este último representado por uns poucos prédios, sem graça nenhuma, verdadeiros caixotes de cimento, com portas e janelas imitando o estilo “socialista da construção”. Felizmente eram muito poucos. Acabavam servindo para realçar a beleza e a pitorescicidade dos prédios vizinhos.
Mas existe uma Praga “moderna”, com arranha-céus, congestionamentos, mas esta nós não fomos. Fica ao redor da Praga que visitamos. Debruça-se sobre as colinas ao redor da Velha Cidade, como se a observasse, talvez até protegendo-a.
Os tchecos são secos. Não são mal-educados, não são grossos, são apenas secos. Te auxiliam, te atendem bem, mas não são de papo.
Assim que deixamos o hotel, que ficava junto ao centro histórico, providenciamos no passe dos transportes. Compramos um “passaporte”, que valia por três dias e dava direito a andar de metrô, ônibus, bonde e trens urbanos, sem limites. Ou seja algo que há muito tempo já era para existir na nossa Porto Alegre. Existem passaportes de 25 minutos, de 75 minutos, de 3 horas, de um dia, de três dias, de 5 dias, de 7 dias, de 15 dias e de um mês. Ou seja, cada um compra na medida das suas necessidades.
O lado simples da Cidade Velha
Pegamos um bonde e fomos rumo ao desconhecido. Descobrimos que ele nos afastava do Centro Histórico, e andava por ruas que faziam se ter a impressão de estar nos anos 20, ou 30 do século passado. Como era um sábado, as ruas estavam vazias daquele lado e em dois toques, “já estava visto”. Descemos e tomamos outro bonde em direção ao Centro Histórico.
(Segue)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

OS MEUS AMIGOS

Os meus amigos.

Outro dia eu conversava sobre um amigo, já falecido, quando me dei conta de que eu nunca havia dito para ele, enquanto viviam, como ele havia sido importante para mim e como eu o havia querido bem.
Não querendo repetir o erro, e não que eu esteja pensando em morrer, pelo menos por agora, e nem que eu os esteja vendo com um pé na cova, gostaria hoje de homenagear alguns amigos muito queridos.
Não vou me referir aos meus amigos de infância, que estes, mesmo que os ventos os tenham levados para os mais variados rincões, sempre tem um lugar garantido no coração da gente.
Estou me referindo aos amigos que adquiri, e que provaram serem meus amigos, não nos obas-oba da vida, que nesta hora tudo é fácil. Foram aqueles que me socorreram de uma maneira, ou outra, num momento de dificuldade real.
Por isto, hoje eu quero dizer para o José Hilário Brandão e a Liara Zago (Advogados competentes, mas, acima de tudo, amigos), ao Renato Viera, (o querido “Patinho”, excelente amigo e brilhante cirurgião plástico), e ao Carlos Teodósio da Ros, (médico-urologista-colega, cuja competência dispensa comentários) que eu quero muito vocês e que sou muito grato a vocês por tudo que me ajudaram.
Que fique este registro enquanto estamos todos vivos e bem, para que eu deguste o prazer de dizer e para que eles possam degustar o prazer de ouvir isto.
PS. Só peço que os meus outros amigos não fiquem com ciúmes, mas hoje, a homenagem, merecida, é destes.


Carlos Eduardo Carrion
Porto Alegre, 02 de setembro de 2009
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