quarta-feira, 28 de julho de 2010

Só para responder a Ana...

... que teve a gentileza de fazer um comentário sobre o não sexo num fim de semana cinzento.
Quando se está só, parece que é uma coisa que aconteceu de repente, sem motivo. Aconteceu e pronto. Quase um capricho de um deus maligno e sádico. Tipo um terremoto antes dos geólogos. Já passei fins de semana sozinho. Me dou conta, hoje, que foi por minha responsabilidade. Nada me impedia de pegar o telefone, ligar para um monte de pessoas, que também estavam sozinhas. Talvez algumas topariam sair comigo e outras, de bom grado, quereriam dar uma transadinha.
Temos que nós dar conta que os responsáveis pela nossa inércia somos nós mesmos.

domingo, 25 de julho de 2010

FILOSOFIA BARATA NUM DOMINGO CINZENTO

Quase todo mundo vai me dizer amanhã que o domingo, com este tempo, foi um dia chato.
Todo mundo diz que gosta de sexo e que sexo é muito bom.
Pergunto-me: Por que tão poucos passam transando toda a tarde de um domingo cinzento?

Nós e os Outros, ou L'enfer sont les autres

O atentado fora violento.
Destroços para tudo quanto era lado. Fumaça. Cheiros de todos os tipos. Manchas que não deixavam dúvidas de que alguém, ou “alguéns” fora destroçado.
-Fia das putas! Mas eles ainda vão pagar bem caro.
-Eles quem, H....?
-Eles, os R... .
-E quem vai faze-los pagar?
-Nós, os D... .
-Pensei que tu fosses contra os F... ?
-E sou, mas nós e os F... nos juntamos aos F por odiar os R... .
-Mas quem são os D... ?
-Eu e os E...”
-Ué, mas tu sempre me disseste que odiava os E...?
-É verdade, mas eu e a minha família embora odiemos os N... , odiamos mais ainda os E... .
-Mas tu não gostas da tua família.
-Não gosto mesmo! Eu e os meus irmãos odiamos a parentada toda. Mas odiamos os N... .
-Mas tu tens horror aos teus irmãos. Diz que eles são tudo uns cafajestes.
-É vero, mas odiamos os nossos primos.
-Quer dizer, no fundo tu odeias todo mundo!
-Não, eu até simpatizo contigo, desde que tu não fales em política, religião, futebol, ...

domingo, 18 de julho de 2010

FAZER O QUÊ?

Estava lá eu outro dia a ler, ou vendo televisão, quando apareceu a notícia do que os pais não podem mais fazer para reprimir (tentar educar) as crianças. Ao lado de coisas óbvias, espancar, dar pontapés, etc. , vinha a proibição da palmada e , entendi eu, colocar a criança de castigo.
Aí eu me pergunto: Frente a um filho intransigentemente rebelde, que se nega terminantemente a voltar para casa, tomar banho, jantar e fazer os temas; os pais devem fazer o quê?
Conversar, argumentar, etc. Tudo muito bonito, tudo muito politicamente correto.
Mas aí eu me defronto com duas dúvidas:
E se o filho continuar intransigente?
E se os pais não tiverem grandes capacidades de diálogo?
Fazer o quê?
PS – Tem um livro chamado “Vamos falar de Kevin”. Dêem uma olhada e respondam para vocês mesmos, o que os pais podem fazer com um filho como aquele? Cada vez mais me convenço que fazer uma lei é uma barbada. O difícil é fazer uma lei que possa ser aplicada com os recursos que se tem. Longe do caminha da utopia, da idealização.

domingo, 11 de julho de 2010

PEQUENAS QUESTÕES

Sobre o caso Bruno

Nos deixa estupefatos, horrorizados, surpresos, o ocorrido. Mas temos que entender que este tipo de crime, de tempos em tempos, vai ocorrer.
Começa na mitologia grega, quando uma das personagens míticas, cujo nome agora não me ocorre e estou com preguiça de procurar, para vingar-se do amante que a abandonou, mata os próprios filhos com ele, e os serve para o amante durante um jantar. Na ficção isto se repete na “Festa do Bode” do Vargas Llosa. Ou seja, estas idéias terríveis perpassam na mente das multidões, ou de um individuo dito “normal”.
Aqui em Porto Alegre houve, por exemplo, “O Crime da Rua do Arvoredo”, no qual um açougueiro, em conluio com a mulher, matou uma série de pessoas e os transformou em lingüiça; que foi vendida para a alta classe média. Ou seja, estes crimes dependem da loucura, que sempre existiu e deverá continuar existindo.
O que é insuportável são estes crimes do quotidiano que não são tratados de modo adequado. Repetem-se ad nauseam sem que se modifique o modo de encara-los, ou trata-los.
Um delegado de polícia me contou que tem pessoas que eles prendem e acabam tendo de liberar por uma falha jurídica qualquer, ou não tem vagas nas cadeias, ou contam com benevolência do promotor, ou do juiz.
“Total, cadeia não recupera ninguém.”
O diabo é que a sensação de impunidade dá uma idéia para o indivíduo, ou aos que lhe são semelhantes, de que ele pode continuar fazendo aquilo.
A mesma opinião, com poucas modificações, me foi dada por um promotor. Ou seja, enquanto não houver um movimento da massa, do povo, das multidões, para mudar isto, e esta dificilmente se mexe de modo decisivo, tudo deverá continuar como antes no quartel de Abrantes.
Ernst JüngerA Guerra Como Experiência Interior

Este livro do Ernst Jünger foi escrito com as tripas, tal a crueza, frieza e despreocupação com o politicamente correto. É uma pessoa que esteve lá. Não é um acadêmico, não é um teórico. É um sujeito que sentiu a dor, viu a podridão dos cadáveres, viu homens morrerem de todas as formas possíveis.
Para quem quer ler um livro de alguém que não tem medo de dizer o que pensa, esta é a minha sugestão. Se alguém quer ler o livro de alguém que descreve a guerra como provavelmente foi, sugiro um outro livro dele; “Tempestades de Aço”. Supimpa!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como eu sou chato, não vou parar

Quousque tandem abutere Catilina patientia nostra ?
Mais uma vez a arbitragem falhou e possivelmente mudou um resultado. Se aquele gol da Holanda é anulado, por impedimento, quando estava tudo empatado, é bem possível que o resultado final fosse diferente.
Porque esta teimosia em não usar recursos que estão disponíveis.
Poderiam ser usados só em pênaltis, expulsões, gols e, principalmente, lances polêmicos decisivos.
Qual a razão de insistir com um mundo que já se sabe deixou de funcionar?

domingo, 4 de julho de 2010

Um pouco de psicologismo, ainda que barato

Confesso que fui surpreendido pelo nível de abatimento, desesperança, que tomou conta da seleção do Melhor Futebol do Mundo, quando do primeiro gol da Holanda (Quando aquele gol só dizia que estava tudo empatado).
Da não retirada do Felipe Melo, quando eu, um leigo, já sabia que ele seria expulso; e não posso ser acusado de profeta do fato acontecido, porque cantei isto antes de acontecer, tenho testemunhas. Aliás, a minha frase foi: “Este cara vai ser expulso. Não sei quando. Mas vai.” Pouco depois ele era expulso.
Com o desamparo que tomou conta de todos quando veio o segundo gol da Holanda (Quando havia tempo de sobra para uma reação).
Nestas horas fico pensando nos milhões que estes meninos ganham. Nos milhões que são gastos para pô-los em campo. Com os milhões que eles movimentam (Propaganda, Turismo, Marketing, Merchandising, etc.).
E não há um preparo psicológico adequado!
Alguns psicólogos, psiquiatras, analistas, dos bons, fariam toda a diferença! Preparando esta gurizada para percalços que fazem parte de qualquer jogo, ou competição.
Quando vão tratar esta área de alma com a importância que ela merece? Numa situação destas, um “terapeuta da alma” é tão importante quanto um preparador físico, ou um técnico para delinear uma estratégia. Pombas!!!Esperemos que os encarregados pela seleção de 2014 abram os olhos para isto.

E VIVA A SELEÇÃO!

Pois me vi torcendo pela seleção; logo eu que tão distante estava do ludopédio (Como teríamos de escrever para contentar aquele deputado comunista que queria tirar os estrangeirismos da nossa linguagem.).
Acontece que descobri, achei, enxerguei, atinei, percebi, a importância da Seleção Nacional como elemento de União Nacional neste momento de tantos esfacelamentos.
Sempre me pareceu um milagre que este nosso país permanecesse uno, enquanto a América Espanhola se esfacelava toda.
Não que não tenham faltado tentativas de retalha-lo, de forma disfarçada, para atender as necessidades locais, ou dos poderosos locais. Claro, todos eles alegaram as mais nobres razões. Aliás, nem queriam a secessão, mas...
Serviam de elemento de União Nacional, a Igreja Católica, A Língua e o Exército.
Ora, a Igreja vem perdendo fiéis a torto e a direita, frente a novas formas de espiritualidade.
O Exército, depois do fracasso da Redentora, perdeu a sua força de elemento unificador nacional.
A nossa língua se fragmenta em dialetos que o “gauchês do Alegrete” está tão longe do como se fala nos confins do Ceará, como o dito Português do Brasil, frente ao de Cabo Verde. São meramente parecidos, mas numa fala rápida às vezes não se entende rápido.
Resta o quê, para verdadeiramente nos unir.
A Rede Globo (Odeiem-na, ou assistam-na.).
O Real (Total os pilas sempre foram fator de identificação, até por que o Real, com exceção de nos países limítrofes, é um ilustre desconhecido. Perguntem pela cotação dele nas casas de cambio no exterior e vejam se alguém sabe dizer).
E a Seleção Verde Amarela. A Seleção Canarinha. A Seleção que representa o Melhor Futebol do Mundo (sic).
Portanto não estranhem eu me interessar por ela. Ela, agora, junto com a Globo e o Real, é o Brasil.

AMIGOS VOLTEI!

Depois de um longo e tenebroso inverno de ausência a este blog, tenho o prazer de comunicar-vos que voltei.
Sim, exultai, tocai as trombetas do regozijo, porque eu voltei, retornei, ressuscitei a esta página, refocilo a vocês, reocupo este espaço, volto a este Jordão, reapareço!Agora acompanhado do Dicionário Analógico da Língua Portuguesa, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo.