domingo, 29 de junho de 2008

A MULHER BOA DE CAMA

Buenas e me espalho, nos pequeno dô de prancha, nos grandes dô de talho (Obrigado Rubens pela correção).
Pues otro dia resolvi assuntar sobre um tema da mais alta relevância.
Sobre o que é uma mulher boa de cama.
Para isto me reuni com um grupo de especialistas. Não destes que ficam estudando nos livros o
que outros leram em outros livros, que foram escritos por uns caras que só viram mulher em papéis com questões tipo escolha múltipla.
Não, os meus especialistas são os caras que fizeram a faculdade nas alcovas da vida, pós-graduação indo aos cabarés, mestrado ao perseguir as meninas boas das famílias más, doutorado acalmando os nervos das mulheres mal comidas pelos maridos, mais preocupados em ganhar dinheiro, tomar vinhos raros e cuidar da caminhonete importada, 4x4, super, hiper qualquer coisa e pós doc. aprendendo a aproveitar tudo de bom que qualquer mulher tem.
E aí, charla daqui, charla dali, cada um foi citando uma coisa, e outra, e outra mais, até a gente conseguir fazer um esboço desta mulher que é o sonho de todos aqueles que acreditam que a felicidade é uma fêmea no cio. Les femmes, toujours les femmes..
O objeto dos desejos espúrios masculinos pode ser assim descrito.
É uma mulher bonita de corpo e rosto, mas não em excesso. As mulheres muito bonitas inibem a maior parte dos homens por passarem a idéia de serem frágeis, ou porque os desejos masculinos machísticos mais primitivos parecem conspurcantes. Para curti-las eles precisam achar que elas nem tão bonitas são, se bem que, quando forem falar para os amigos, as transformarão em divinas Afrodites.
Ela deve tomar uma que outra iniciativa. Se tomar muitas iniciativas dará a idéia de que está querendo mandar e assumir o controle, o que incomoda, além de assustar, a muitos homens. Se não tomar iniciativa nenhuma venderá a idéia que não está muito entusiasmada.
Deve ser carinhosa, muito carinhosa, delicada, até algo ingênua, mas deixando escapar de uma
maneira sutil que existe uma Messalina, uma devassa, dentro de si, pronta a entrar em erupção.
Que tope praticamente todas as propostas, com exceção daquelas que a violentem. Mas estas não podem ser todas.
Precisa passar, de maneira mais, ou menos, discreta, que está tendo prazer como nunca antes teve. E que isto se deve a ele, el gran garañon. Homem é o protótipo do famoso "me engana que eu gosto”.
Deve ser carinhosa. Muito carinhosa.
Pode beber, ficar alegrinha, de pilequinho. Mas não bêbada. Podre de bêbada (ou drogada). Uma mulher bêbada desperta aversão, um certo desprezo. É quase vista como um pedaço de carne para satisfazer uma tesão reprimida que, uma vez satisfeita, é posta de lado, sem direito a sequer um telefonema, a não ser quando esta tesão voltar.
A mulher sensual, boa de cama, não precisa de roupas especiais, ela o é por si mesma. Como disse um amigo meu. Ela transpira hormônios.
Têm mais coisas que fazem uma mulher boa de cama. Mas este é um artigo, e não um tratado. Talvez qualquer dia destes eu me inspire e volte a por no papel o que eu fui aprendendo a duras custas e com os outros homens que gostam de mulheres. Que é bom que se diga, não são todos, embora todos digam que gostam de mulheres.

PRECONCEITO

Sempre me pergunto o por quê dos militares modernos terem tantos preconceitos a respeito dos homossexuais como soldados.
Xenofonte e seus 10 000, venceram todas as tropas persas que tentaram impedir sua volta à Grécia. Nas suas tropas eram freqüentes as disputas entre os soldados por jovens mancebos que capturavam. Ou seja, o homossexualismo corria à solta e não era visto como problema e nem os homossexuais como maus soldados.

A hegemonia espartana (Que eram considerados os melhores guerreiros do mundo àquela época.) foi quebrada por Epaminondas, que tinha sob suas ordens o Batalhão Sagrado de Tebas, sob o comando de Pelópidas, que era constituído só por homossexuais. Eles decidiram a batalha de Mantinéia.
Se Hitler subiu ao poder deveu, e muito, a Ernst Rohm, que organizou e comandou as SA que arrasaram com as rote Fahne (seus equivalentes do Partido Comunista) tornando possível aos nazistas o acesso ao poder. Rohm era um notório homossexual, bem como a cúpula das SA.
Acho que estes três exemplos já serviriam para diminuir os preconceitos a respeito de homossexuais nas Forças Armadas.
Hoje mulheres também servem nas Forças Armadas. Por que não homossexuais? Alguém tem medo de que quartéis se transformem em antros de libertinagem? Isto só ocorreria se não houvesse disciplina, mas para isto existem os Oficiais, os Regulamentos, a Hierarquia.
Total, Homossexuais, como também as Mulheres, vão para as Forças Armadas para serem soldados, e não para orgias sexuais.

A MELHOR HORA PARA MORRER, ou uma Crônica Sobre o Macabro da Vida

Num desses livros chic’s de capa dura que usam para se por sobre alguma mesa, mais como objeto de decoração do que como elemento de cultura, sobre o Machado de Assis, encontrei uma frase dele que reproduzo parcialmente e, provavelmente, trocando algumas palavras.
“Não existe hora boa para morrer. Todas são boas. Eu acho que 6 ou 7 horas da tarde é uma boa hora para se morrer.”
Fiquei a matutar sobre o assunto e cheguei a conclusão de que não concordo com ele. Início de noite, todo mundo cansado, com fome, uma noite inteira de velada. Não, definitivamente não.
Penso, que o melhor seria ali pelas 7 ou 8 horas da manhã. De preferência numa sexta-feira ou num sábado pela manhã.
Não se tem como evitar o impacto. Liga-se para um parente, para um amigo, para ajudar a pensar e tomar as primeiras providências. Funerária, atestado de óbito, avisar os conhecidos.
Dá tempo para todo mundo tomar o seu café da manhã com calma. Para os parentes que moram relativamente perto virem. Dar os telefonemas d’habitude.
-Tu viu quem morreu? O Fulano!
-O quê, o Fulano? Mas ainda ontem eu falei com ele. (Ou seja, eu não tinha me dado conta que esta tal de Morte pega a gente de surpresa.)
Ou: -Bom, eu já esperava isto, com o tipo de vida que ele vivia, era só uma questão de tempo... (Como se existisse um tipo de vida que não leve a morte.)
Ou ainda: -Mas tu sabe? Na última vez que eu vi ele, me deu um pressentimento... Tinha algo
que me pareceu estranho. Não sei se a cor da pele, o cheiro, sei lá o que. (Ou seja, a mim não me pegam desprevenido.)
Depois a clássica. –Tchê, em que cemitério? A que horas?
Depois se tem algumas alternativas.
-Vou dar uma passada agora de manhã porque de tarde quero ver se vou ...
-Vou ver se vou só na hora do enterro, não gosto de cemitério e enterro.
-Vou ali pelo meio-dia, pois sempre tem menos gente, assim dou o meu ar da graça.
-Vou prá lá agora, a(o) coitado(a) do(a) pode precisar que alguém ajude em alguma coisa.
-Não, não vou! Eu me dava era com ele. E ele não está mais aqui. Não conheço ninguém da família.
O horário bom de marcar o enterro é ali pelas 4 ou 5 da tarde. Não atrapalha o almoço de sábado e nem a sesteadinha básica. Além de ainda ser dia. Sabe como é que é, tem havido muito assalto nestes velórios hoje em dia.
Aí é só se esquematizar, preparar o ar de compungido se a presença no velório for só formal, ou
ficar lembrando coisas que se viveu com o falecido e ir se preparando para o vazio que a falta dele vai criar, já que com ele não se perdeu só um amigo. Foi-se também uma parte nossa e da nossa história.
Mas, apesar de tudo, me parece que este horário ainda é o melhor.
O problema é que não se escolhe a hora.

sábado, 28 de junho de 2008

AINDA SOBRE OS REMÉDIOS

Pois o meu leitor Lobo 50 (Aleluia! Aleluia! Existe pelo menos um leitor comprovavel.) comentou algo que eu iria complementar hoje. Ou seja, somos movidos pela vontade do nosso público.
Diz ele que, tomando o Levitra 2 horas antes, teve um efeito inferior ao tomado na hora.
Isto acontece porque, no caso específico, o que causou a ereção foi o efeito psicológico. O Levitra demora uns vinte minutos para começar o efeito e tarda uma hora e pouco para atingir o seu pico.
Mas muitos homens, só no embalo do se sentirem calçados, já ficam prontos para os finalmentes.
Mas o que interessa de fato é o resultado. Deixou o bixo velho que nem aço de Toledo, que me importa se é psicológico ou orgânico!
Só que é bom o cara saber que ele tem em si o potencial de uma boa ereção.
E da-le que te da-le que hay que aprovechar!!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

AVISO AOS NAVEGANTES, ou Aviso de Utilidade Pública

Um esclarecimento didático ao gentil público que me lê.
Freqüentemente tenho a queixa de alguns de que os eretógenos, sinedafil, tadalafil – Viagra – Cialis, não fizeram o efeito desejado, esperado.
A questão é a seguinte:
O sujeito deve toma-los, de estomago vazio, umas duas horas antes da hora da onça querer beber água na fonte.
No caso do sinedafil/Viagra, deve-se evitar o uso do álcool. Se for beber não dirija e nem trepe.
Os prolegômenos , os arretos, as preliminares continuam absolutamente necessários.
É comum estas medicações não funcionarem nas primeiras vezes. Alguns técnicos chegam a dizer que só se pode dizer que a medicação pode não funcionar até a 8ª vez sem que isto represente um problema.
Sempre é bom consultar um urologista/andrologista/terapeuta sexual para ver se para o seu caso é útil o uso destas medicações.
Dado o recado, aproveitem, por que a vida garantida é esta.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Mas não é de deixar a gente puto da cara?


Está chegando a época eleitoral e fica tudo que é político tentando aparecer.
Quem mora em Porto Alegre sabe que o município de Alvorada é pobre, têm um nível de criminalidade alto e vários outros índices desabonatórios.
Pois não é que na televisão tem uma série de comercias mostrando como Alvorada é maravilhosa graças a atual administração?
Duvido que algum investidor vá para Alvorada por conta deste comercial.
Duvido que um alvoradense vá votar baseado neste comercial.
No entanto o custo deste comercial deve ser bem caro. Desde a confecção até a exibição.
Para que?
Nenhuma criança é alfabetizada por conta do comercial.
Nenhum doente é mais bem atendido por conta do comercial. Duvido que alguém valorize mais o responsável pelo comercial por conta do mesmo.
É uma pena que a coisa seja assim. Mas assim o é.

domingo, 22 de junho de 2008

RELAÇÕES ANAIS, ou a busca ao prazer

Fazem para mim uma série de perguntas sobre sexo anal. Tirando as perguntas sobre o que fazer, quando os parceiros são muito diferentes em termos sexuais, as perguntas sobre sexo anal costumam ser das mais freqüentes.
Mas por que isto?
Nas civilizações do Oriente Médio, onde o prazer sexual sempre sofreu repressões, o sexo anal era freqüentemente abominado.
Já os gregos e romanos, que aceitavam o prazer como uma dádiva divina, faziam-no naturalmente.
Xenofonte, na Anábasis, relata episódios de relações entre soldados e jovenzinhos como a coisa mais natural do mundo.
Na Ilíada a relação entre Aquiles e Pátroclo é insinuada como uma relação homossexual. Ou seja Aquiles seria o que hoje chamamos bissexual.
Nas festas greco-romanas, as relações entre homens eram extremamente comuns, o que implicava em relações anais. O mesmo nos dizem os vasos da época clássica e helenística com pinturas eróticas.
Isto dá uma idéia de que os cultores dos prazeres da carne usavam e abusavam dos prazeres anais.
Então, o que faz o sexo anal ser tão desejado, praticado, perseguido pelos homens.
Tenho as minhas teorias, mas por favor, são apenas teorias.
Sendo o anus mais estreito e com expansibilidade menor que a vagina, faz com que quem tenha um pintinho, se sinta com um pinto. Quem tenha um pinto se sente como sendo possuidor de um pintão. E quem tem um pintão e não consegue ter relações anais sente-se como portador de um canhão. E homem adora que seu dick seja enooorme e poderoso.
Na relação anal não existe o risco de uma gravidez. O que em algumas situações é extremamente desejável e apreciável.
Como o canal anal/retal é mais extenso, em comprimento, do que a musculatura da entrada da vagina, o prazer peniano, para o homem que penetra, se torna maior na relação anal que na relação vaginal. Além disto alguns homens, e mulheres relatam que sentem uma sensação de posse maior na relação anal, aumentando com isto a sensação prazerosa.
Acho que tudo isto concorre para as relações anais gozarem do prestígio que gozam.
Se alguém quiser acrescentar mais argumentos, pró, ou contra, por favor, não se acanhe.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

DESFILES & SEXUALIDADE

Ontem assisti pela GNT a um desfile do São Paulo Fashion Week, o da Fórum, mais especificamente falando. A fonte inspiradora era os Lençóis Maranhenses. Assim todos os modelitos eram de tonalidades que lembravam areia. Não, este não é o blog da minha mulher, que trabalha com Moda e Criatividade. É porque ele me deu o mote para este meu comentário.
Cada vez me chama mais a atenção o fato de que este pessoal da moda, que costura para
mulheres, esquecem-se de que eles deveriam ressaltar a fêmea, que os tecidos cobrem, e não cuidar de que a fêmea chame mais a atenção do que a moldura de tecidos.
Os modelitos eram bem bonitos e sensuais, só que as mulheres que os levavam faziam o tipo, bonita de rosto e corpo de nadadora, ou seja, nada na frente, nada atrás.
Para piorar standartizaram um modo de caminhar que deforma o visual que se tem da mulher. Elas têm de caminhar colocando um pé levemente do lado contrário do outro. Quase como o caminhar de bêbado que se dizia “ficavam trocando pernas”.
Acho que ficaram traumatizados depois de uma outra edição em que a Xuxa desfilou, logo após ter feito uma cirurgia de seios, e usou uma roupa semitransparente sobre eles. Foi um arraso. O problema é que ninguém, fora os iniciados, sabia, guardou o nome da griffe. Mas os peitos da Xuxa, mama mia!
Agora, tirando as exceções d’honneur, só mulheres não muito sexuadas.
Disgusting, disgusting....

domingo, 15 de junho de 2008

SEXO HOJE

Fui convidado para conversar sobre sexo numa despedida de solteirA.
Combinamos, para que não houvesse acanhamento, que as pessoas colocariam as perguntas no papel e conversaríamos sobre elas.
Eram umas vinte mulheres entre os seus 25 e 30 anos de idade, todas, provavelmente, com uma boa experiência sexual, inteligentes, com um nível cultural, social bem acima da média.
Foram interessantes as perguntas.
Sexo anal, como fazer e eventuais problemas.
Sexo oral. Engolir ou não. Como agir quando ELE não quer fazer.
Dar, ou não, na primeira noite. Vantagens, desvantagens. Variáveis em jogo.
Traição. Como evitar, detectar. Nesta eu notei um susto com os dados que as pesquisas mostram. Parecia que todas imaginavam que existiria uma fórmula de invulnerabilidade. Coitadinhas... Como diz o meu amigo Duck, do alto da sua sapiência que a experiência lhe trouxe. “Hoje, ninguém morre mochinho.”
Doenças sexualmente transmissíveis, o que fazer? No antes, no agora e no depois.
Sexo a três, swing.
Olha gente, foi uma conversa e tanto. Se elas aprenderam, eu também.
Porque estou contando isto aqui? Para constatação. Para que se abra mais um mercado de trabalho para mim. Talvez para dizer que foi uma experiência muito boa para mim.

O QUE FAZER (Lênin, 1905)?

Sábado, dia 13, as 13:30 hrs, na Lima e Silva, quase Venâncio Aires dois homens de uns 30 anos batiam em um outro de idade indefinida, moreno, meio baixinho, gordinho, com sinais visíveis de embriagues.
Este apanhava de uma maneira quase estóica, sem esboçar praticamente nenhum ato de defesa mais efetiva. Comecei a buzinar. Eles pararam e vieram em minha direção. Como não era páreo para eles, por não ter nenhuma vocação para herói e não ser um idealista, achei melhor picar a mula.
Como ingênuo, que continuo a ser, imaginava logo, logo, encontrar algum PM. Ledo engano, na Lima e Silva, e na João Pessoa, não encontrei nada que lembrasse algo do aparato de segurança do estado.
Passei pelo local da ocorrência uns 10 minutos depois. A coisa parecia haver se resolvida por si só.
Esta parece ser a única esperança que nos resta. Queixar-nos ao bispo e esperar que as coisas se resolvam por si só sem conseqüências maiores.
Enquanto isto eles discursam e fazem promessas.
Nós ouvimos, não acreditamos, não fazemos nada e temos esperança de algo ocorra, caído do céu.
Somos uns bananas numa republiqueta de banana.

TIPOS DE ACADEMIA

Para começar devo confessar que faço academia apenas porque quero manter algumas coisas funcionando. De maneira que nos fins de semana vão me ver que nem um esquilo na gaiola caminhando, ou pedalando, no mesmo lugar. Na falta de algo melhor fico vendo as pessoas. É interessante a fauna de uma academia.
Tem alguns homens, fortes, musculosos, anos de academia, passam horas fazendo exercício, tem sempre um personal do lado, mas a função deste é muito mais a de conversar e elogiar do que alguma coisa técnica propriamente dita. Com algumas mulheres ocorre a mesma coisa. Homens têm personal homem, mulheres podem ter tanto homens e mulheres. É importante que o personal seja um de grife e é importante que conversem e os papariquem. Os personals funcionam quase como escultores que obedecem as ordens do modelo.
Tem os(as) desajeitados(as). Estes também têm um(a) personal, aí não interessa o sexo. O Personal deve ter uma paciência de Jó, estar sempre corrigindo e ao mesmo tempo elogiando o(a) aluno(a); principalmente para que não desistam. Eu já fui destes.
Tem os self made man. Não tem personal, mas já sabem o que fazer. Estão lá, mais para fazer algo necessário do que qualquer outra coisa. Existem também mulheres assim. Ou são mães que tiveram filho há pouco tempo e querem voltar a ter um corpo mais atraente, ou gordinhas dispostas a delinear melhor o seu shape.
Têm os que odeiam estar na academia; estes, em geral, são homens. Foram como gato pra banho, por uma prensa da mulher, do médico. Vão ficar o tempo mínimo indispensável para conseguir alguma coisa do objetivo que os levou até lá.
Têm as dondocas que estão lá para fazer uma social. Usam modelitos caros, de marca. Também têm uma personal de griffe. Passam a maior parte do tempo conversando e desfilando. Quando fazem algum exercício o fazem de maneira a chamar a atenção de alguém.
Têm as sedutoras. O principal objetivo delas não é sair com alguém, caçar alguém. É sentirem-se desejadas, cobiçadas, notadas.
Homens e mulheres que querem desempenhos excepcionais são vistos com freqüência. Vi uma mulher, até bem feita de corpo que estava levantando 190 Kg de pesos. Vejam bem senhores e senhoras, 190 Kg. Para quê é a dúvida que até agora me persegue. Se for para algo sexual fico ainda mais intrigado. Em que se usa esta potência de pernas, sexualmente falando?
Existem ainda inúmeros subtipos. A fauna é realmente grande e diversificada. E vem crescendo. Já tem os viciados. Vem mais. Vem mais.

terça-feira, 10 de junho de 2008

EXPERIÊNCIA DE VIDA - O Ponto de vista de um anônimo

Um anônimo, escreveu isto no artigo sobre experiência de vida.
Achei seu depoimento importante para mais gente observar um ponto de vista que assutaria a maioria das pessoas.
Puxa, que depoimento! Também gostaria de dar o meu: 45 anos - homem - casado - Lá pelos trinta e tantos anos numa crise do relacionamento resolvi experimentar o que há muito desejava: sexo homossexual. Tomadas as precauções posso dizer que foi muito bom. Liberdade total, nua e crua. Um outro homem soube me entender, pedir, e fazer absolutamente tudo o que eu imaginava em termos de sexo. Com execessão do pênis do outro, tudo o que fiz pode ser plenamente implementado no sexo com uma mulher.Não tive vergonha de pedir coisas que se eu pedisse para uma mulher me retornariam como sendo "coisas de gay". Para homens, ouvir o relato de uma mulher como essa "que se libertou", se podemos chamar assim, é extremamente excitante, me dá vontade de pedir o telefone dela. Pergunto aqui: e um homem que também se libertou, que admite gostar de tudo,que permite que uma mulher literalmente o revire e vire pelo avesso, que tenha admitido que sua sexualidade está por todo corpo, inclusive no seu ânus, mas que para chegar a esse nível de "prazeroza e saudável despudoração!" precisou conhecer um homem, diferente da situação dela, a galetinho de 46, que não precisou de outra mulher para chegar ao ápice que relatou. Que reação provocaria numa mulher esse meu relato?
9 de Junho de 2008 17:17
Anônimo disse...
DETALHE IMPORTANTE NO MEU QUESTIONAMENTO: Exceto o meu desejo de experimentar o mesmo sexo, que existia mesmo. Pergunto: mulheres criadas dentro desse universo cultura e social em que vivemos, repreendidas, condenadas por ter prazer, etc, etc, etc. serão capazes de aceitar a liberação da sexualidade masculina que eu relatei? O cara com quem eu sai me disse: "minha mulher não me chupa, nem se eu implorar e também não me deixa chupar..."PUTZ...realmente em termos de sexo parace que homens e mulheres falam linguas diferentes e acho que a galetinho dde 46 tá aprendendo o idioma universal capaz de hablar para ambos...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

TRADIÇÕES GAÚCHAS

Se há uma frase que me deixa invocado é quando alguém, de preferência no rádio, fala que isto “não está de acordo com as nossas tradições políticas”. Agora, com este rolo Busatto, Feijó, Ieda, vários ficaram a vociferar este chavão.
Fico a me perguntar.
-Mas que tradições são estas?
Julio de Castilhos criou a “ditadura constitucional” (expressão da minha lavra).
Na Revolução de 1893/95, fomos os reis da degola, do massacre dos adversários.
Borges de Medeiros foi governador ad perpetuam, através de eleições fraudadas, só caindo por conta de uma revolução.
Getúlio, o ditador do povo, o inovador, o bom, só o foi para quem estava do seu lado (cartórios no Rio de Janeiro, por exemplo). Prestes (com quem nunca simpatizei), Graciliano Ramos (Memórias do Cárcere, se não leram, vale a pena ler), que o digam.
Na gloriosa, salvadora, redentora, Revolução de 64 os nossos militares e civis estiveram sempre no pelotão de frente.
Enfim, de que tradições políticas me falais Cara Pálida?

domingo, 8 de junho de 2008

EXPERIÊNCIA DE VIDA



Conversava outro dia com um galetinho de 46 anos e ela me contava que estivera casada com um homem por 20 anos. Separa-se há quatro e tivera alguns namorados.
Disse-me ela:
-Aprendi a fazer, ou experimentei fazer com eles, coisas (sexuais) que nunca fiz nos anos de
casada.
-Me dei conta que a primeira coisa que a gente tem de aprender em termos de sexo é que tudo que nos ensinaram em termos de certo, ou errado, eram regras distorcidas por conta das necessidades, ou medos, dos que nos ensinavam.
-Aprendi que tudo que a gente tem vontade de fazer a gente deve experimentar fazer.
-Que se alguém me propõe algo novo, a menos que isto me repulse, ou me pareça perigoso, eu devo experimentar.
-Que ter prazer é maravilhoso, e ter prazer com quem a gente ama, é mais maravilhoso ainda.
-A única coisa que me dói são todos os anos que eu deixei de fazer coisas que eu tinha vontade de fazer. Que eu perdi. Posso fazer a partir de agora, mas sei que o que foi perdido, foi perdido.
Hoje faço o que surge nas minhas fantasias e que descobri que, não só não me fazem mal, como, pelo contrário, me fazem bem. Como usar uns brinquedinhos com um homem bem safado e eu me permitindo, naquela hora, ser bem puta e devassa.
-Que não devo ficar tentando adivinhar se o outro vai não gostar, ou vai ficar chocado. Ele que me diga que não quer ou não gostou. E, se deixar de me querer por isto, é porque não gostava de mim o suficiente.
-Só não quero mais ficar me privando do que eu quero porque alguém pode não gostar. Já perdi tempo demais!
Só me restou comentar.
-Falou e disse!

A MORAL - Parte VI

Busatto, Ieda et caterva, chamaram o Feijó de tudo um pouco. Que traiu a confiança, etc. e tal.
Mas, digam-me queridos amigos, auxiliem os neurônios deste ingênuo cidadão.
Se se estava falando de coisas pública, não tem conversa privada. Posso ter uma
conversa em privado, sobre um assunto público, mas, como é sobre um assunto público, este pode ser trazido à luz para quem interessa, ou seja, o Público.
Bem diferente do que trazer a público quem come a mulher de quem, que soubemos por fontes privadas.
Ou seja, alcagüete é um sujeito que fala de coisas que nos envolvem, lícitas, ou não, e que não queríamos divulgadas.
Parece que isto vale para a Máfia, para um Governo, ou pro Tião Medonho, lá no seu mucufo e vive do tráfico de drogas.
PS. Não sou feijosista, nem iedista, nem petista, só acho ridícula esta coisa de tratar a coisa pública como se de ninguém fosse, ou de passar a mão por cima para "não dar escandalo", isto quando não é má fé mesmo. No caso dos cartões cooperativos penso do mesmo modo.

A MORAL - Parte V

Busatto foi falar sobre os pedidos de investigação do Banrisul que o Feijó vem fazendo e o governo bloqueando, “para não atrapalhar a credibilidade do banco”.
Ora, se não existe bandalheira no banco, a investigação vai mostrar que não tem e sua credibilidade aumenta.
Se houver, tomam-se as devidas providências e a credibilidade retorna.
O problema todo é descobrir que a tal bandalheira venha atingir a quem nos favoreça e com isto venha a nos respingar.

A MORAL - Parte IV

A corrupção, sob todas as suas formas, corre solta nestas terras brasili. Mas, quando alguém vem a público, mostrando quem a faz, como a faz, é atacado por todos os denunciados, e apaniguados, e visto com desconfiança pelos demais.
Explico. O Paulo Feijó há horas vem fazendo denuncias sobre corrupção. Estas só tem incomodado a cúpula do governo, que nada fez de concreto. Agora a coisa estourou quando ele gravou a conversa com o Chefe da Casa Civil, César Busatto, e a expôs. O pessoal do governo está furibundo, dizendo que ele é mau caráter, golpista, e por aí vai.
Ninguém fala do fato em si.
Que o esquema do Detran já vinha há vários anos e ninguém fez nada.

A MORAL - Parte III

Todo mundo quer os bandidos presos. Quem deve prende-los é a Polícia. Esta, em todo o mundo, tem como principal arma a figura do informante, do alcagüete Mas todos nós desprezamos o alcagüete Dependendo do caso temos mais ódio, desprezo, pelo alcagüete do que pelo próprio bandido.
Só que, sem ele, Polícia nenhuma funciona. Só a do cinema, e, às vezes, nem esta.

A MORAL - Parte II

Todo mundo reconhece que a violência está demais. Todo mundo acha que se tem de tomar providências. Mas quando se as toma todo mundo protesta. Ser parado, mostrar documentos, ser multado, por os papéis em ordem, mandar concertar ou por em ordem algumas coisas.
-Pô, logo comigo, porque não vão pegar os bandidos!
Como se cada um tivesse na testa o letreiro.
Bandido
Cidadão honesto

A MORAL

Parte I

Nos anos 70 tive um problema de dentes e o dentista que eu ia à época era um major da Brigada. Mexe daqui, mexe dali e ele achou que o problema era o siso superior esquerdo e que o ideal seria arrancá-lo.
Como a dor era forte e havia bons indícios de que ele estava certo, topei com a extração.
Alguns dias depois, como a dor continuava tive de voltar. Ele examinou, fez uma cara de chateado e me disse:
-Tchê acho que não precisava tirar o siso. Me enganei.
Claro que não gostei da notícia, mas gostei da franqueza. Era um ser humano que havia errado e reconhecia isso.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

CAHIERS DU CINEMA – A VIDA DOS OUTROS

Um bom filme.
Trata da vida de um artista da antiga Alemanha Oriental e a de um policial encarregado de vigia-lo.
Vale a pena pegar para ver num fim de semana chuvoso.
Mas não estou aqui para falar do filme. Mas do ambiente do filme.
Cada vez que vejo em destes filmes, que retrata a vida em um país “ista”, seja de direita, esquerda, religioso, laico, fico pensando neste bando de idiotas que até hoje, embalados por sonhos idealísticos, pensa que alguém pode viver bem em um mundo em que não se tem, pelo menos, no mínimo, a liberdade do próprio corpo e mente.

Inquisição, nazismo, fascismo, comunismo, em todos eles tem alguém que sabe o que é melhor para os outros. Pior ainda, acha que pode obrigar os outros a acharem que é bom.
E os nossos Idealistas acreditam. Mais ainda, acreditam que vão poder ser eles próprios nestes mundos sufocantes. Que eles vão poder sobreviver.
Praticamente 60 ou 70% dos membros do Partido Comunista Soviético morreram, ou foram presos, ou torturados, durante o stalinismo. Vários compañeros Del Senhor Fidel, que agora esclerosa, viram suas vidas findarem tendo, como última visão, um cano de fuzil, ou uma corda que se esticava. Ou toda uma cúpula das SA que morreu na Noite das Longas Facas. Só como exemplo.Idealistas conseguem me deixar envergonhado de pertencer a Raça Humana e fazer com que me ruborize por eventuais idealismos que tenha tido.

CAHIERS DU CINEMA - O Assassinato de Jesse James

O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE JOHN FORD tem a minha recomendação.Por que? Porque se entrarmos, nos identificarmos com a personalidade de cada um dos personagens principais o filme fica de uma riqueza e dramaticidade psicológica maravilhosa, rica, densa. Se não fizermos isto, será apenas mais um filmezinho de cow boys bem feito.

E A DOR VOLTOU

Depois de uma pequena melhorada a dor voltou. Só terminando depois que três canais foram limpos. Fiquei impressionado com a capacidade de limitação da dor. Meus neurônios parecem que perderam a capacidade de raciocinar. E, quando tinham de faze-lo, pareciam que isto também doía. Desnecessário dizer que a criatividade continuou em zero. Aí fiquei pensando nestes grandes artistas que criavam a pesar da dor. Duvido que fosse por conta da dor. Fica aqui a minha homenagem a todos aqueles que são obrigados a trabalhar com dor.

domingo, 1 de junho de 2008

RAPIDÉZIMA DO TEATRO DA VIDA IV – A Demolidora

Havia, na aurora da minha adolescência, um mancebo muito orgulhoso da altivez e rigidez do seu instrumento.
Para se exibir ele freqüentemente andava nos vestiários com uma toalha pendurada Nele. Fazia o mesmo com as meninas que iam para a cama com ele. Quando uma delas pedia que ele lhe alcançasse uma toalha, ou uma roupa, lá vinha ele com a peça pendurada no “cabide”.
Pois um dia a Demolidora saiu com ele (“Não foi lá estas coisas”).
Sabendo do roteiro, de como as coisas ocorriam, não teve dúvidas. Foi no armário (era no seu apartamento), pegou a maior toalha que tinha, encharcou-a em água fria, e pediu, delicadamente, que ele a pendurasse no banheiro.
Como era de se esperar o mastro vergou, a toalha caiu no chão e maldosamente minha amiga comentou:
-Nossa! É a primeira vez que eu vejo isto acontecer!...
Dizem que o moiçolo ficou traumatizado.

RAPIDÉZIMA DO TEATRO DA VIDA III – A Demolidora

Tenho uma amiga que nos seus vinte’s foi uma demolidora de preconceitos machistas.
Buñuel - Viridiana -

Numa sessão de análise ela conta ao analista que sonhara com um homem que tinha 8 pênis. Ele interpreta que ela já passara por 8 homens e que agora queria ficar com o que estava namorando.
De bate-pronto ela responde:
-Só se cada 8 representa 8! Ou o senhor se perdeu nas contas!

Sobre os Filhos

Como houve uma polêmica a respeito do meu Post Rapidézima... só quero complementar para a Maroto e para o Anônimo o que se segue:
Bom, a minha idéia incial é dizer que as coisas estão sempre mudando. Ia até fazer uma citação em Latim para ficar mais chic, mas a prostração me impediu.
Quanto a filhos, lamento, há divergências. Não da minha parte. Mas conheço muita gente que vive muito bem sem filhos, que vivem bem se desvencilhando dos filhos, alguns que, por não terem maturidade, viveriam melhor sem filhos.
Filhos, melhor não te-los, mas sem te-los, como sabe-lo? (Vinicius de Moraes)

A GUERRA DO PARAGUAY

Pois senti na carne o que os paraguaios devem haver sentido por ocasião da Guerra da Tríplice Aliança.
Há dez dias fui acometido por uma rinite como a anos eu não tinha. Dois dias depois a seguiu uma enxaqueca de causar inveja em torturador. Mais dois dias e todo o lado esquerdo do meu rosto, na altura dos molares, foi invadido por um monstro que causava uma dor surda. Descobri que são três canais que vieram dar o ar de sua graça. Para finalizar, quando os três primeiros pareciam ceder, vieram os sintomas de uma gripe.
E nestas horas eu digo: Viva a Medicina! Viva a Farmacologia!
Tudo o que o meu fígado não teve de enfrentar por eu não beber, não fumar, não usar drogas, ele pagou tendo que processar antiinflamatórios, analgésicos, vaso constritores, mio relaxantes, e por aí vai.
O fato é que sobrevivi e consigo, agora, escrever um pouco. Restam uma tossezinha e uma vaga sensação de cansaço, mas nada que não seja superável.
Tem horas que a dor te impede de fazer qualquer coisa, de pensar; que o raciocinar parece uma bola de arame farpado a vaguear dentro do cérebro. Como ela parece que não vai ter fim, a idéia de morrer deixa de ser tão assustadora. Mais ainda, eu tinha a sensação de que faria quase que qualquer negócio para que a dor cessasse.
Depois que passa a gente até pensa:
-Ah! Se eu me precipito...
Ou
-Mas que bobagem! Tava na cara que ia passar...
A memória é muito traiçoeira...