sexta-feira, 31 de agosto de 2007

MODA DO CORPO II

Como tudo muda (Uns chamam isto de evolução.), os corpos também se adaptam as circunstâncias e valores de uma época.

Se vou falar em mulheres é porque o corpo feminino está melhor documentado, ao longo da história pictográfica e estatuária.

Além disto, não vão querer que um cara de Livramento, macho barbaridade, vá ficar falando de homem! Vade retro Satanaz

No início, como a mulher era para procriar, as primeiras imagens eram de mulherer obesas, de abdomem volumoso e seios idem, idem.

Já na civilização egipcia (vide gravura), em seus primeiros estágios, o modelo idealizado de corpo feminino era o esbelto, quase magro.

Reflexo da carência de proteinas da época? Sobrevivência num clima muito seco? Pela dificuldade em ter tecidos em abundância?

Mulheres de corpo mais opulento (na estatuária) só foram surgindo quando o Egito passou a sofrer muita influência externa.

(segue em outro dia)

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA X - final

Não usam mais drogas que meninas da mesma faixa etária e social. O mesmo se aplica a doenças venéreas. Embora tenham relações com mais homens, aprenderam a se cuidar. Exigem o uso da camisinha.
Trabalham nas sombras sociais, mas estas, lentamente, vão esvaecendo.
Não sei o fim desta história. Se será feliz, como querem os otimistas, ou trágico, como desejam os moralistas. O que eu sei é que estas relações homem/mulher continuam a modificar-se, que os padrões comportamentais vão-se tornando diferentes, bem como os conceitos de certo e errado.
Agora, que a coisa está diferente, está.

FIM, THE END, ABLAUF, FINE

terça-feira, 28 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA IX

Um fato curioso é que, contrariando o que nós médicos, e psicólogos, afirmamos durante muito tempo, a maior parte delas não é frígida. Gozam com o homem que amam e admiram. Com os clientes só raramente. O que fazem com estes é considerado trabalho. Às vezes agradável, as vezes não.
Não se sentem escravizadas a gigolôs, ou cafetinas, embora, é claro, esta situação deva existir. Na maior parte dos casos sentem o que nós chamamos de gigolô, ou cafetina, como um(a) empresário(a).

FILOSOFIA DE BOTEQUIM

Conversávamos eu e o meu amigo Renato Viera, sobre os sacrifícios que as pessoas fazem para aumentar a longevidade; quando ele disse mais ou menos o seguinte:
- Eles sacrificam a vida, por uma vida que eles nem sabem se vão ter.
Já tinha pensado inúmeras vezes a respeito disto.
Sempre me chamou a atenção estas pessoas que não vivem a única vida real, que é a do presente. Ou ficam a remoer águas passadas, ou ficam se poupando com um futuro que não sabem se chegará.
Os passageiros do malfadado vôo da TAM que o digam.

domingo, 26 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA VIIIa

Em alguns casos, passado um tempo, o amor e o tesão arrefecem e eles acabam se afastando. Mas em outros, a relação continua. As brigas são muito freqüentes. Desgastantes. Mas isto não impede de terem um filho. O que os une, ainda mais, mesmo em clima de guerra. Nestes casos a solução vem com o tempo. Ele começa a ganhar mais e ela começa, pela própria questão da idade, aumento de outros compromissos, pelo fim do curso superior, a fazer menos programas, até parar.



Um fato curioso é que, contrariando o que nós médicos, e psicólogos, afirmamos durante muito tempo, a maior parte delas não é frígida. Gozam com o homem que amam e admiram. Com os clientes só raramente. O que fazem com estes é considerado trabalho. Às vezes agradável, as vezes não.

sábado, 25 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA VII

Mas muitos ficam muito atrapalhados. Gostam da mulher. Tem tesão por ela. Mas sentem-se envergonhados perante os amigos, pois muitos sabem dos fatos. Até porque é comum um passar para o outro o telefone da menina. Inclusive porque já saiu com ela.
Além disto, a maior parte delas não quer deixar de fazer programas. Ganham bem, muitas vezes mais que o namorado e este não consegue dar coisas básicas para elas, como por exemplo, o pagamento da faculdade, ou o colégio da filha. Aí elas continuam a fazer programas e eles ficam enlouquecidos de ciúmes, mas tendo que segurar a barra.
(SEGUE)

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Obras de SALVADOR DALI

Como este blog também é cultural (Pretenção e água benta cada usa quanto quiser.) vai este endereço, que a minha irmã me mandou, que mostra algumas das maravilhas do Museu Salvador Dali.
WWW.salvador-dali.org/museus/figueres

quinta-feira, 23 de agosto de 2007



Minha mulher trabalha com o Estudo da Moda, formatando e coordenando cursos ligado a moda no Senac, além de sua dissertação de mestrado estar ligada ao assunto moda.


Para não ficar para trás (Brincadeirinha, não sou de ficar competindo em casa, nunca dá certo.), resolvi mostrar um pouco da Moda do Corpo. Só não peçam academicismos.


Vocês sabiam que houve uma época que foi chamada no meio dos artistas plásticos como a era pneumática? Foi a época do desenvolvimento do Zeppelin, dos pneus, ou seja das formas arredondadas, cheias.



(segue na próxima edição)

GAROTAS DE PROGRAMA VI


Uma mulher bonita, simpática, que o ouve, que o elogia, que lhe dá a impressão de gostar de transar com ele.
O problema é que não se manda, nem no coração, nem na pica. Quando muitos se flagram já estão fisgados.
Alguns tiram isto de letra. Como um a quem os amigos disseram: “Cara, te cuida com este negócio de te amarrar em mulher de vida suspeita.” Ao que ele respondeu. “Vida suspeita têm a de vocês. A minha é puta mesmo.” E encerrou-se aí o papo.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA V






Do outro lado temos um monte de homens, razoavelmente bem sucedidos, que se atrapalharam com a ascensão das mulheres no mercado de trabalho, na liberdade financeira que passaram a desfrutar e, conseqüentemente, do seu nível de exigências. Estes homens, lançados num mundo de competitividade, de pressa, não aprenderam a namorar. A procurar uma mulher com quem possam viver bem. Por conta dos seus medos em fracassar, morrem de medo de qualquer tipo de envolvimento mais profundo. A garota de programa parece então a solução ideal.
Pelos valores que se vê nos anúncios eu vos pergunto:
Que empregos pagam para uma moça, com curso secundário, ou frequentando a universidade, estes valores, por um turno de quatro horas/dia (Fazendo os cálculos por baixo)?
Convenhamos que o atrativo econômico é muito grande.
Anúncios publicados na seção de classificados de Zero Hora dia 19/08/2007.

terça-feira, 21 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA IV

Conflitos de consciência? Nada de mais sério. Nada que uma boa racionalização não possa resolver, não nos esqueçamos que estas meninas têm um QI mais diferenciado.
O tal papo de “estou louca para largar esta vida”, “não sei como fui cair nesta”, "tenho nojo destes sujeitos com quem eu sou obrigada a trepar”, na maior parte das vezes me parece mais uma conversa para ficar politicamente correta do que qualquer outra coisa.
Pelo menos das que eu entrevistei e pude avaliar melhor, pois são ainda relativamente raras em meu consultório. Mas muitas vieram duas, ou três vezes, a pedido de seus companheiros.

Em que alugar a capacidade sexual se diferencia de alugar a capacidade mental, ou muscular? Pensam elas.
Num mundo de sacanas, estelionatários, de corruptos, de incompetentes que só ganham ótimos salários por terem um bom Q(uem) I(indica)s, que importância tem a transgressão que elas estão fazendo, se é que se sentem fazendo uma transgressão?

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

GAROTAS DE PROGRAMA III

Elas já conhecem o que é bom. Mas nem elas, nem seus pais, têm condições de acesso a estes bens. Um tênis de R$600,00, uma bolsa de R$800,00, um carro, e por aí vai. Sua capacidade de ganho financeiro “honesto e honrado” é limitada. Balconista, secretária, recepcionista e outros cargos do mesmo patamar. Dois a quatro salários mínimos de salário e olhe lá.
Por outro lado elas não estão nem aí para a tese de que o importante é ser e não, ter. Um dia, uma delas descobre que fazendo sexo, se pode fazer dinheiro. Muito dinheiro. Um programa, ou dois, a 100 reais (Por baixo.) por dia, coisa de quatro horas de serviço e temos um ganho, na maior parte das vezes, superior ao de seus pais.

Garota de Programa II







Esta foto, que peguei do site de Goldenamanda, junto a descrição da menina.



É um bom exemplo de como são feitos os primeiros contatos.



Existe o atrativo da foto e das qualidades da moça.



Nada mais, nada menos do que um homem carente de afeto, ou sexo, necessita para se motivar.



Juntando-se as necessidades de um e outra, a formação do casal torna-se algo bem viável.



(Segue na próxima edição; para desespero (obrigado P. B. , valeu) daqueles que não aprenderam a apreciar os folhetins do século retrasado. E, ainda bem, que este blog não é um hebdomadário.)

domingo, 19 de agosto de 2007

EXISTIMOS?

Só por curiosidade, procurei pela palavra Brazil em jornais do mundo todo. Com exceção do The Times, que comentava que o brazilian Giovanne havia feito um gol, não existimos para o resto da humanidade, pelo menos para a imprensa mundial.
La Nacion, El País, Le Figaro, Washington Post, Corriere della Sera, Sydney Post, Jerusalen Post, Moscow Times e outros menos votados nos ignoraram solenemente.
Um golpe na minha brazilian auto-estima. Acho que nesta hora a gente se sente como solto no espaço sideral, sem referências nenhuma, sendo um pontinho de nada.
Acho que vou tomar um coquetel de antidepressivos.

A FOFOCA





Saiu hoje, no caderno Donna, da Zero Hora, uma matéria da jornalista Patrícia Rocha sobre a fofoca.
Daí que resolvi passar a vocês umas observações minhas, sobre um tipo humano muito especial. O homem, ou mulher, que me diz, séria, enfaticamente, com um misto de revolta, nojo, indignação:
- Tenho horror de fofoca!
- Detesto gente fofoqueira!
- Eu não sou de fazer fofoca!
E por aí vai.
Realmente eles não fazem fofoca. Eles comentam assuntos.
O que eles falam não é fofoca, é um fato concreto, e eles têm razão em levantar tal assunto.
Eles não fofoqueiam, apenas especulam, “sem maldade”.
Não é fofoca o que eles estão dizendo, “Tá todo mundo sabendo.” O que não deixa de ser irônico, pois, se assim o fosse, para que trazer o assunto à baila?
Acho que estes caras são uns baita d’uns fofoqueiros enrustidos.
E, em sua maioria, são uns chatos de galocha!

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Para o meu amigo RENATO ROSA

Meu querido amigo Renato Rosa, de tanto falares da minha origem Aristocratica Santanense, resolvi pesquisar um pouco e voilá, eis o brasão dos Carrion. Foi concedido a eles em 1302.
Juro que não é implicância.

Minha resposta à resposta do senhor Ministro

Obrigado pela resposta. Embora acho, como psiquiatra, que alguém queira (tão facilmente - por erro meu não coloquei esta expressão na carta inicial) voltar tão voluntariamente assim. Sabemos como é fácil fazer pressões e coações, principalmente quando filhos e esposas estão no meio. Mas enfim, não tenho meios de verificar a verdade absoluta, de maneira que dou um voto de confiança.
Mandarei o email para todos a quem enviei a carta anterior.
Um abraço
CARLOS EDUARDO CARRION VIDAL DE OLIVEIRAMédico - Psiquiatra - Terapeuta Sexualtel 00 55 51 91489994

PS. PS. Republiquei a carta e a resposta no blog http://ohedonista.blogspot.com
Grato
CARLOS EDUARDO CARRION VIDAL DE OLIVEIRAMédico - Psiquiatra - Terapeuta Sexualtel 00 55 51 91489994 Adendo colocado em nova correspondência ao senhor Ministro

Resposta do Sr. Ministro Tarso Genro a minha carta aberta.

Prezado Carlos Eduardo

Há fatos que a maioria das pessoas não conhece:
1. Os jovens cubanos, depois de deixarem a Vila Olímpica sem documentos e de ter passado algum tempo no hotel em Araruama (RJ), pediram a um pescador que ligasse para a polícia. Foi assim que a Polícia Militar do Rio de Janeiro chegou a eles.
2. Sabedor do fato, determinei à Polícia Federal que se encarregasse da guarda dos dois jovens, que ficaram em um hotel no Rio de Janeiro até seu retorno para Cuba.
3. Foram ouvidos pela Polícia Federal por duas vezes. Em ambas, explicitaram que desejavam voltar para sua terra natal.
4. O procurador da República Leonardo Figueiredo Costa esteve com eles, e ouviu de ambos o desejo de voltar.
5. Um representante da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damus, buscou contato com os jovens e a ele, também, afirmaram que queriam voltar para Cuba.
6. Tanto o procurador como o representante da OAB oficiaram ao ministério da Justiça. Diz o procurador em seu ofício: “Em contato pessoal com eles, expliquei a natureza de meu contato, narrando minha independência do governo brasileiro e da Polícia Federal, colocando-me à disposição deles para eventuais medidas de proteção que desejassem e para ajudá-los a permanecer no Brasil, se este fosse seu desejo”. E segue o procurador: “Note-se que os atletas mostravam estado de ânimo calmo e sereno, sem demonstrarem preocupação ou temores, não havendo sinais de coação física ou moral perceptível. Tanto Guillermo como Erislandy narraram-me o desejo de regressar a Cuba, dizendo que possuíam família (filhos e esposa), que eram heróis em sua terra natal e que não tinham medo das sanções que eventualmente viessem a sofrer. Mesmo após uma longa conversa, os atletas insistiram que o único desejo deles era regressar a Cuba. Pude ainda presenciar que quando os delegados da Polícia Federal ingressaram no recinto – dr. Felício Laterça, dr. Adriano Antônio Soares e dr. Ricardo Ennes – os atletas se mostraram amigáveis e familiarizados com eles, sem qualquer traço de temor ou constrangimento”.
7. Portanto, se o governo brasileiro tomasse a deliberação de impedir a saída dos atletas, estaria seqüestrando-os, e, aí si, utilizando métodos da ditadura.

Espero ter contribuído para o esclarecimento do fato. Espero ainda que esta resposta seja remetida às mesmas pessoas que receberam sua Carta Aberta.
Fraternalmente
Tarso Genro

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

VARIEDADES




Para quebrar a sisudez dos demais trechos, vou dar trela as futilidades, talvez nem tão fúteis assim, que fazem parte do nosso dia a dia. Mas, por favor, esqueçam que sou psiquiatra. Não pretendo me tornar um interpretador da psique humana aqui, nem fazer análises mais profundas. Quero apenas me dedicar a observar fatos. E, quando muito, dar uma interpretação leviana.

Sexo a três.
Uma das fantasias mais comuns dos ser humano. Realizada com relativa freqüência, ocorrendo na maior parte das vezes como fruto de desejos do homem (marido, noivo, etc.).
Fenômeno cultural? Biológico? Fruto do machismo, neto do patriarcalismo?
Mas são curiosos alguns fatos:
A proposta, na grande maioria dos casos, mesmo quando proposto por mulheres, é que sejam duas mulheres e um homem.
A grande maioria das mulheres me relata que a experiência foi muito boa. Que tiveram mais prazer com a outra mulher do que com o homem.
Mas, paradoxalmente, não se mostram muito entusiasmadas em repetir a experiência.
Por outro lado, na situação de dois homens e uma mulher notei que: Em geral os homens não se agradam desta idéia. E as mulheres não querem correr o risco de ver os homens transando entre si. Isto, normalmente, as choca e enoja.

DITADURAS DE DIREITA E ESQUERDA




As ditaduras de direita costumam ter poucos defensores. Normalmente abonados que tem muito a perder e preferem que lhes cerceiem a liberdade, ou a dos outros, de preferência, a perder dinheiro, propriedades. Ou os que se locupletam com a corrupção e as negociatas.
Já, como dizia, acho eu, o Delfim Neto, nos estertores da nossa ditadura, que a vantagem das ditaduras de direita é que elas eram biodegradáveis. As de esquerda soem durar bem mais tempo.
Entrementes alguns me acusam de ser de direita, (Logo eu que era contra a ditadura brasileira, a uruguaia, a argentina e a chilena, que eram, ao que me consta, ditaduras de Direita.), porque critico a cubana, ou os que a apóiam, ou idolatram.
Esclareço pois o que se segue:
Critico, a priori, qualquer ditadura, seja qual for seu viés.
Critico a cubana por ser uma ditadura.
Critico os que loas tecem a ela, porque fecham os olhos para suas arbitrariedades, ou, pior ainda, tentam justificá-las.
Irrito-me ainda mais com aqueles que tentam justificar, esta, ou aquela ditadura, porque no passado patati patatá. Usando este argumento chegarei sempre a Caim e Abel. Ou seja, nada teria solução.
Agora soube de mais uma. Desde a subida do Raul Castro ao poder, mais de 10 000 (DEZ MIL) cubanos fugiram do país, tentando chegar aos EUA via México. Uma viagem bem mais longa e, conseqüentemente, mais perigosa.
Porque negar às pessoas o direito de emigrar, viajar, estabelecer-se ainda que temporariamente no exterior.
Para alguém se por ao mar, em um caminhão, transformado em barco, por exemplo, sem a mínima segurança, é porque a coisa realmente está muito ruim. Ou serão todos estes loucos? Ou serão todos estes adeptos de aventuras radicais?
Como se dizia nos tempos d’antanho: Cartas para a redação.

domingo, 12 de agosto de 2007

E, porque não?

Um FELIZ DIA DOS PAIS, para os que se julgarem merecedores.

AINDA SOBRE OS CUBANOS

Meu caro Sean, a respeito do teu comentário no post sobre a deportação dos cubanos, queria te dizer o seguinte.
Sempre acredito que existam muitas possibilidades, até esta de eles quererem retornar à Cuba.
Imagino que deva ser difícil de viver longe, ou sem, a família. Para mim seria muito, mas muito complicado.
Mas o que é significativo para mim, na falta de novos dados, é que eles foram presos pela Polícia Federal (Pelo menos é o que saiu nas manchetes dos jornais.), depois ele retornam, meio que abruptamente (Alguém da imprensa conseguiu falar com eles, numa situação em que eles se sentissem seguros, para falar sem constrangimentos?)
Sofreram algum tipo de pressão para retornarem? A familia lá ficou. Ameaças veladas podem fazer as pessoas tomarem as decisões que quem fez a chantagem queria.
Economicamente, a curto espaço de tempo estariam garantidos. Não faltariam empresários dispostos a contratá-los, por uma boa grana, já que parecem ser muito competentes no que fazem. Isto permitiria que, além de levarem uma vida muito boa, pudessem trazer a familia para cá, ou alhures, e mandar uma grana para os que lá ficam, dando umas passagens para se visitarem. Digo permitiria se não vivessem numa prisão, chamada de Paraíso Socialista do Caribe.
História, aliás, é uma senhora muito irônica. Sabem como se chamava a prisão no Uruguai, na época da ditadura (Que era de direita e não por isto deixava de me indignar.), onde eram presos e, provavelmente, torturados os tupamaros? LA LIBERTAD!

sábado, 11 de agosto de 2007

Carta Aberta

CARTA ABERTA AO EXMO. SR.
MINISTRO DA JUSTIÇA Dr. TARSO GENRO


Meu caro Tarso.
Perdoe-me a intimidade, mas como te conheci ainda guri e, na época, podíamos tutearmo-nos, mantenho a mesma forma de tratamento, sem que isto represente a mais mínima centelha de desrespeito.
Por ocasião da prisão e deportação dos atletas cubanos me vieram à lembrança algumas imagens do passado.
Lembra quando em plena Redentora, tu e o Renan Kurtz foram presos na chácara da tia Zelinda, por que os julgavam terríveis subversivos?
Lembra como foi ruim ficar preso, ainda que em um quartel, num quarto com a porta chaveada (Em verdade não lembro se isto foi o que ocorreu também contigo, mas foi o que ocorreu com o Renan.)? Lembro da filhinha do Renan, perguntando a mãe. “Mãe, porque o pai tá de castigo neste quarto fechado?” Será que isto também não ocorreu contigo?
Lembra do exílio em Rivera, lindeira com a minha Sant’Anna do Livramento? De dar aquela caminhadinha por la calle Sarandi, até o Largo do Internacional, e não poder ultrapassar aquela linha imaginária, que se chamava linha divisória, para não correr o risco de entrar em território brasileiro e ser preso? Será que nesta hora o peito não doía um pouquinho de saudades de Santa Maria, tão perto, mas inacessível.
Lembra como seria fácil para os castianos (modo como nos referíamos aos uruguaios) te jogar no Brasil, nos braços de um DOPS qualquer? Certamente até algum mimo eles receberiam.
Mas eles não fizeram. Podiam ter feito. Mas não fizeram.
E agora, sob a tua égide, os cubanos são mandados de volta para Cuba.
Claro, deve haver um mecanismo legal que justifica isto, sempre existe um mecanismo legal para justificar alguma coisa.
Imagino que deves haver sentido o coração se confranger. Não posso imaginar que tenhas perdido a alma a tal ponto que este episódio todo não te tocasse em nada.
Espero mais, que tenhas, pelo menos nos bastidores, longe dos olhos do público, lutado para que eles não fossem cair nas mãos dos carrascos. É o mínimo que posso esperar de ti, um homem que já passou por tais agruras.
Não quero imaginar que um homem, a quem já admirei, tenha caído tanto. Se insensibilizado tanto.
Se puderes, se não for pedir demais, me responde. Para dizer que as coisas não são o que parecem.
Para que eu possa manter algum lampejo de esperança no Homem Público, tão desacreditado nos dias de hoje.

Um abraço,


Carlos Eduardo Carrion Vidal de Oliveira
Porto Alegre 11 de agosto de 07.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

NÃO ME VENHAM DE CUECAS ME DAR MORAL!!!



Pois durante anos se teve de ouvir “que o Getúlio entregou a Olga para os nazistas”.
Logo ela que era uma santa e simples agente da agência encarregada da segurança na antiga URSS, a antecessora da KGB. Na época em que se gestava o Grande Terror (Alguns milhões de mortes, mas, como dizia Tio Stalin. Uma morte e temos um crime. Milhões de mortes e temos estatísticas.), no qual um dos comandantes, Yejov foi condenado a morte, pelo próprio Stalin, por ser violento demais.
Pois não é que vi hoje, entre embasbacado, incrédulo, que os pugilistas cubanos que fugiram durante o Pan-americano não só haviam sido presos, como seriam devolvidos ao Paraíso Socialista do Caribe, maior formador de barqueiros improvisados do mundo, que, por serem loucos, só pode ser isto, fogem as pencas; muitos para serem fast food de tubarão e outros, por ouvirem demais o Dorival Caimy, acreditarem que é doce morrer no mar...
Pois agora venho a saber que os jovens vão ser devolvidos a Cuba, onde certamente receberão uma apoteótica recepção e onde terão uma vida de nababos para o resto da vida, com mil oportunidades surgindo a sua frente a toda hora.
É lógico que existem elementos jurídicos a apoiar tal decisão. Como os havia na época da deportação da Olga. Alias, existiam elementos jurídicos para, na Alemanha Nazista, os judeus serem arrebanhados como gado para ficarem sobre a proteção e tutela do governo...
Um conhecido causídico já dizia: - O papel aceita tudo!
Inclusive mandar pessoas para o Inferno, do qual elas tentaram fugir.
Quando alguém me vier com o discurso de liberdade, direitos humanos, vou ter de me conter para não chamá-lo de Tartufo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

AS PUTAS



A gente fica velho e não viu tudo.
Até agora repetia algumas coisas como verdades claras e cristalinas.
Prostitutas são mulheres frígidas!
Homens procuram prostitutas para terem uma mulher que possam controlar!
Prostitutas são com freqüência alcoolistas e drogadictas!
Prostitutas são grandes transmissoras de doenças venéreas!
Feministas são aliadas das prostitutas e as ajudam!
Pois não é que uma série de pesquisas na Inglaterra, pelo menos lá, põe estas, e outras ditas verdades, por terra.
A grande maioria das prostitutas não é frígida. Tem tesão com as pessoas que amam. Mas com os clientes apenas exercem uma profissão, um trabalho. Devem faze-lo bem, mas por que teriam de gozar? Aquele momento é apenas de uma atividade mecânica para a grande maioria delas.
A grande maioria das prostitutas relata que elas sentem que dominam a situação. Que dão aos homens a sensação de estarem no comando. Mas os fazem agir como elas querem. Ou seja, transe rápido, pague rápido e se arranquem.
Levando em conta o nível social, cultural e idade, usam menos drogas que mulheres da população geral.
Por conta de que é a sua profissão, tomam mais cuidado com a sua saúde ginecológica. Estudos em centros universitários e em “postos de saúde” revelam um número bem mais expressivo de portadores de doenças sexualmente transmissíveis na população geral.
As feministas freqüentemente atrapalham o trabalho das prostitutas, pois, tomando-se como exemplo, querem “regenera-las”, pois julgam o trabalho degradante; quando, um número grande, talvez majoritário, das prostitutas não quer largar a atividade, que lhes dá uma renda muito maior do que conseguiriam em atividades compatíveis com seu nível social, educacional e cultural. Também não acham sua atividade degradante, embora possam dizer isto a terceiros, apenas para terem um discurso politicamente correto.
Ou seja, bastou chegar perto das putas (e, por favor, tirem a idéia de pejoratividade desta palavra) para se descobrir que um monte de coisas que se dizia sobre a mais antiga das profissões eram apenas teorizações de pessoas que as conheciam através de livros, de teorias saídas da cabeça de quem nunca conviveu com elas em seu habitat.
E, pior ainda, tinha eu um tio cabareteiro a mais não poder. Pois não é que ele já falava estas mesmas coisas, mesmo sem ter freqüentado uma faculdade?

Outra dica

Querem ler um post realmente interessante?
Acessem http://marciabenetti.blogspot.com , ou simplesmente cliquem em patifaria, aqui do lado.
CAN$ADINHA é o nome da pérola
Eu fiz e li. Vale a pena.

UMA DICA

Para quem gosta de falar gauchês, sugiro darem uma olhada em http://filhosdesantana.com.br no item dicionário fronterês. Tem verdadeiras jóias ali. Talvez alguém até se interesse para uma tese de mestrado.

AS MÚMIAS, ou, um conselho de graça




Outro dia, passei por uma banca de revista e vi uma manchete, na Trip, creio eu.
“Sarney e as múmias da política brasileira”, ou algo pelo estilo.
Saí filosofando com meus botões.
A esquerda brasileira decididamente não aprende. Enquanto ela menosprezar o “outro lado”, ela continuará vítima da capacidade deles. Vai continuar escrevendo só para os seus, esquecendo que tem de conquistar os outros. E que esta linguagem não os conquista.
Sarney não está onde está se fosse só uma múmia, um reacionário. Ele deve ser muito inteligente, esperto, hábil em manejar sentimentos alheios. Com isto se elege e passa a ser um líder.
Ignorar as capacidades do Sarney et caterva, torna seus adversários umas vítimas potenciais. E vítimas que se julgam espertas.
Portanto, se alguém quiser combater o Sarney, suas idéias, seu modus operandii, que se prepare para enfrentar alguém competente, e não uma múmia.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

OS TROCA TROCAS POLÍTICOS

Todos os dias se sabe de algum político que trocou de sigla. Muitas vezes indo para um sigla de ideologia diversa daquela pela qual se elegeu.
Nesta hora eu me lembro de uma história do Teodorico, o Grande.
Este imperador ostrogodo era arriano. Mas um de seus ministros era católico. Um dia este ministro, com o intuito de bajulá-lo se converteu ao arrianismo (Um ramo do cristianismo, em seus dias iniciais, criado por Arrio que não aceitava a idéia de Deus como um Trindade e Cristo como puramente divino.).
Quando Teodorico soube mandou imediatamente executá-lo.
Se foi capaz de trair seu Deus, com certeza acabaria por me trair, que sou apenas um homem!
Acho que o seu Teodorico sabia das coisas.

A CORRUPÇÃO, este polvo de múltiplos braços



Comentário de um paciente meu, falando da Mônica Veloso, aquela do affaire com o Renan Calheiros.
-Tá cada vez mais difícil não cair nos braços da corrupção!!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

HIROSHIMA E NÓS



Não escrevo esta para defender a posição de quem quer que seja. Nem eu tenho uma opinião bem formada sobre o assunto. Escrevo para um momento de reflexão. Se me derem a consideração de pensar no assunto.
Início de agosto de 1945; os americanos já tinham a bomba atômica e os japoneses continuavam resistindo bravamente.
Emitiram os japoneses alguns sinais de que poderiam negociar o fim da guerra, mas de uma maneira tão críptica que os americanos, e os mediadores interessados na paz, não entenderam (Usaram o japonês clássico, no qual a idéia de não era confundível com um não que deixava de maneira muito velada a idéia de que se aumentassem a oferta poderiam negociar.).
Em março havia caído Iwo Jima, ao custo de milhares de mortos americanos (Cartas de Iwo Jima descreve com um bom nível de fidelidade o episódio). Logo após veio a batalha pela posse de Okinawa. Novamente ao custo de milhares de mortos americanos (Não computo o número de mortos japoneses porque em uma guerra pouco interessa o número de perdas do inimigo.). Sorry, é a realidade. Recém agora, mais de um século de pois é que tomamos contato com o genocídio que nós e os argentinos fizemos no Paraguay.
Inferiu-se que a tomado do Japão custaria umas 500.000 almas americanas.
Pergunto-vos. Se fosseis americanos, tendo, a esta altura dos acontecimentos, perdido um familiar, talvez um pai, um filho, ou um irmão, mas certamente um vizinho, ou um conhecido. Tens no front ainda a lutar, maridos, filhos, irmãos, parentes, vizinhos e conhecidos.
Teríeis muitas reservas em usar a BOMBA ATÔMICA?
Sei que hoje é fácil de responder a pergunta, quando a dor, o sofrimento, as perdas, longe estão.
Mas penso no calor da hora. Meu filho está no front. Dentro em breve deverá travar-se uma batalha apocalíptica, da qual poderá retornar envolvido numa bandeira, dentro de um saco, ou ficar sepultado em terra alheia. Sei que a bomba matará inocentes. Mas do outro lado estão OS MEUS...
O QUE DECIDIR?
E não tendes uma bola de cristal.
TO BE OR NOT TO BE?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A GLASNOST E NÓS


A Glasnost não terminou com o Império Soviético. Ela apenas e tão somente mostrou que a URSS estava morta e apodrecida. Nós, na época, não enxergávamos isto, e muitos ainda se aproveitavam da idéia de que ela estava viva e pujante.
Agora, com o caos aéreo, com o acidente do avião da TAM, é comum ouvir frases como “manter sigilo” para preservar não sei o que.
A menos que me expliquem, e muito bem; a única coisa que se preservaria neste caso seriam algumas maracutaias, que se manteriam à sombra, beneficiando os vivaldinos de sempre.
As conversas e os sons das caixas pretas são horripilantes? São! Mas precisamos que estes sons, chocantes, terríficos, sejam ouvidos para que nos demos conta de que algo tem de ser feito nestas Terras brasilis.
Já usamos muitas peneiras para tapar o sol. Já acomodamos muitas coisas com medo “do pior”, para não chocar, para não sermos mal interpretados. O resultado é este que contemplamos.
A alguém agrada o que contemplamos? Se a alguém agrada, me avise e me ponha de parceiro, porque esta boquinha deve ser boa. Como diria o Barão de Itararé. “Negociata é um bom negócio para o qual não fomos convidados!”
Uma vez, sei lá por que, me convidaram para uma reunião onde se discutiria a propaganda antitabagista na televisão.
A minha tese é que tinha de se apresentar o que o cigarro fazia de mal, as veras.
Minha tese foi derrotada. As cenas seriam muito chocantes. Iriam traumatizar, horrorizar as pessoas. Queriam apenas dizer que o fumo faz mal a saúde. Que as pessoas entenderiam e parariam de fumar. Eu duvidava desta tese. Acredito que, com exceção de alguns poucos afortunados, que aprendem unicamente pela lógica, a grande maioria dos seres humanos precisam de uma porrada de realidade para aceitar que a vida não é como idealizada.
Muitos precisam do impacto de uma imagem, de uma cena de dor, de uma ameaça concreta, para se decidirem a tomar uma atitude que sempre implica em sofrimentos, privações, para se chegar ao objetivo final.
Poupar a população de detalhes só servirá para anestesia-la, desmobilizando-a, o que facilitará o caminho das hienas e chacais ao anonimato, que tanto os beneficia.
À exceção de em algumas investigações policiais, invenções, negócios, política exterior (não são anjos os além fronteiras) e atividade militar, não consigo imaginar situações em que segredos possam beneficiar outros que não os escroques.
Crie-se um espaço de sombra e é para lá que irão as criaturas das trevas.
Que fiquemos chocados, traumatizados, revoltados. Mas que conheçamos a verdade. Talvez assim, e só assim, vamos sair do nosso comodismo para enfrentar os incômodos de mudanças que se fazem necessárias.